Todos os holofotes estão em cima de Ticiano em Verão 90 – novela das 19h da Globo, escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral. Interpretado por Ícaro Silva, o rapaz é o maior de cantor de lambada do Brasil e arranca suspiros da mulherada com seu rebolado em dia.
Nos próximos capítulos da trama, Tici irá virar apresentador da PopTV ao lado de sua adorável dançarina Dandara (Dandara Mariana). Por falar na moça, ela terá seu amor disputado pelo artista e Quinzinho (Caio Paduan), que por sinal é dono da emissora. Todas as confusões desse triângulo amoroso, Ícaro Silva falou em uma entrevista ao Observatório da Televisão.
O ator também comentou sobre o sucesso da novela, inspirações para compor o personagem e representatividade negra na TV. Além disso, Ícaro ainda falou um pouco sobre o espetáculo Ícaro and The Black Stars, que entrará em cartaz no Teatro Municipal Carlos Gomes, no Rio de Janeiro.
Confira a entrevista a seguir:
Você imagina que a novela Verão 90 iria ser um grande sucesso de público?
“Eu já apostava muito no sucesso dessa novela porque ela tem um poder de memória afetiva muito grande com todos nós. A maioria das pessoas que está viva hoje viveu os anos 90, tirando as crianças e muitos jovens. Eu vivi os anos 90 e foram anos de exageros em muitos sentidos. A televisão, especificamente, era muito colorida e tinha todo tipo de programação. Programações que hoje não haveriam de jeito nenhum e, ao mesmo tempo, programações que fazem falta. Então eu acho que esse clima de nostalgia é o grande responsável pelo sucesso da novela”.
Você mudou o cabelo especificamente para a novela?
“Esse cabelo é para especificamente, exclusivamente para a novela. Quando eu soube que o Ticiane ia ser baiano, eu sugeri que ele tivesse uma baianidade e uma ancestralidade afro também, que é importante”.
Suas habilidades com a dança e o canto facilitaram na composição do Ticiano?
“Facilitou nesse aspecto sim. De cada trabalho que eu faço, eu vou trazendo o que aprendi no anterior. Cada trabalho tem um aprendizado. Claro que os musicais me ajudam muito em todos os personagens, não só nos personagens que têm alguma musicalidade. Mas em qualquer outro personagem por conta da disciplina que o musical precisa, uma vez que tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Então eu trago sim coisas dos meus outros trabalhos coisas para o Ticiano, principalmente o musical.
Mas eu acho que o que eu trouxe para esse personagem, que não vejo muito na TV, é essa baianidade, afro-latinidade. Essa ascendência afro-latina mesmo, que a gente é tão afro-latino no Brasil e fala pouco disso. Então as minhas referências são essas nesse sentido: a Bahia, afro-latinidade e esses homens que não têm pudor em rebolar. Esses homens que também estão desconstruídos nesse lugar machista do homem duro, que não rebola”.
Você já tinha uma relação com a lambada?
“Na época da lambada bombástica mesmo, a lambada fazia muito sucesso no Brasil e era ritmo número 1, eu era muito pequenininho, criança. Mas a minha mãe comprava rouba de lambada para eu e minha irmã. A gente até se inscreveu em concurso de dança na rua de lambada, mas como criança mesmo, concurso mirim. Eu devia ter uns cinco, seis anos. É uma lembrança bem do iniciozinho dos anos 90 para mim. O que pegou mesmo na minha infância, e o Ticiano também se baseia um pouco nesse lugar, foi o axé Bahia: É O Tchan, Companhia do Pagode, Harmonia do Samba. Isso pegou muito.
Eu também participei de concurso, a gente dançava em todas das festas. Com o É O Tchan foram cinco álbuns fazendo a festa da galera, com todas as coreografias prontas. Sem lá de onde a gente aprendia, porque não tinha internet, mas chegava na hora todo mundo estava com sua ‘coreo’ em dia. Eu acho até o Ticiano um pouco parecido com o Beto Jamaica, que é muito solar. O Beto Jamaica e o Compadre Washington são tão solares que você vê os diálogos deles nas músicas. Eles são muito felizes e eu acho que isso tem a ver com o Ticiano também”.
Como está sendo interpretar o Ticiano? Ele é um sucesso na trama.
“Eu gosto muito de fazer esse personagem porque ao mesmo tempo que explora uma comicidade, que está presente em quase todas as camadas da novela, ele também é um personagem que aparece num lugar novo e diferente da TV. Porque ele é basicamente um galã preto, sem a justificativa da negritude, sem qualquer coisa que procure colocar ele num nicho específico. Ele só é um homem muito legal, interessante, divertido, talentoso e que está apaixonado por essa menina (Dandara) que, a princípio, não está a fim dele.
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