Ilú Obá de Min compartilha cantos, dança e poesia em Sarau ao vivo

Em meio à pandemia, bloco afro feminino traz Sarau ao vivo no Instagram para cuidar da mente e do corpo na quarentena

Por Marina Duarte de Souza, Do Brasil de Fato

(Foto: Facebook Ilú Oba de Min)

Em meio à pandemia do novo coronavírus, os encontros e manifestações culturais nas redes sociais têm aquecido os corações e ajudado no cuidado do corpo e da mente de quem está ficando em casa para prevenir a proliferação da epidemia – que chegou, nessa quinta-feira (23), a 3.313 óbitos e 49.492 casos no país.

Nessa toada o bloco afro Ilú Obá de Min realiza o seu tradicional Sarau, neste sábado (25), a partir das 16h. Mas, desta vez, os convidados tanto de São Paulo, cidade sede do grupo, como de todo o país vão poder curtir a programação por meio de um vídeo ao vivo e interativo no Instagram.

O grupo composto por 450 integrantes, em que apenas mulheres tocam e homens podem somente dançar, tem desde o nome, que significa “mãos femininas que tocam tambor para o rei Xangô”, as apresentações a referência das mulheres negras e da cultura afro-brasileira para o país.

Nos 16 anos de existência, símbolos como Rainha Nzinga, Leci Brandão, Raquel Trindade, Nega Duda, Carolina Maria de Jesus, Elza Soares, mulheres quilombolas e Lia de Itamaracá já foram homenageados nas aberturas épicas do bloco do carnaval de São Paulo.

A ideia do Sarau é trazer um pouco do que o Ilu Obá de Min traz na sua história e as unir as expressões e manifestações artísticas das integrantes por meio de “cantorias, toques, danças e poesias”, como definiu o convite.

Entre as presenças confirmadas estão Beth Beli, Nega Duda, Cibelle de Paula, Mazé Cintra, Barbará Magalhães, Zeferina, Nenê Cintra, Cris Blue, Sosso Parma, Andreia Alves, Jana Cunha, Mafalda Pequeninho, Baby e Wanda, Joana Cortês, Girlei Miranda e Lenita Pena.

A programação vai até às 18h e o grupo deixa a convocação: “O Sarau Ilú Obá de Min, não é só poesia ou só música, queremos também pensar a política cultural do país e valorizar sobretudo a arte feita por mulheres e mulheres negras. Convidamos a todas e todos para partilharmos uma tarde de alegria, arte e resistência”.

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