Itamar Franco descarta ser vice de Serra

Com poucas palavras, o ex-presidente Itamar Franco (PPS), que disputa uma das duas cadeiras de Minas no Senado, rechaçou ontem, em Juiz de Fora, a possibilidade de integrar a chapa do tucano José Serra (PSDB) como candidato a vice-presidente da República. “Os serristas podem estar tranquilos, pois não sou e nem serei a pessoa para compor tal chapa”, alfinetou. O nome de Itamar foi lembrado por Aécio Neves (PSDB), em Janaúba, norte de Minas, na segunda-feira. No mesmo evento, o ex-governador ressaltou, por outro lado, que a escolha de um mineiro como integrante da chapa tucana não deve ser encarada como uma obrigatoriedade.

Itamar deu a entender que conhece as origens da forte resistência que o nome dele enfrenta por parte dos correligionários paulistas de José Serra. O ex-presidente destacou também a importância da presença de um mineiro na chapa encabeçada pelo PSDB. “Entendo que a chapa do ex-governador de São Paulo clama pela mineiridade, que não é uma questão formal e nem territorial, mas algo de fundo que expressa o sentido de ser autêntico”, declarou.

Desistência
Presidente da República entre 1992 e 1994, após o impeachment de Fernando Collor (PTB), e governador de 1999 a 2002, o nome de Itamar, de 79 anos, começou a ser cotado para compor a chapa de Serra em dezembro do ano passado, quando Aécio anunciou a desistência de disputar as eleições para o carpo maior da República. Itamar, que até o ano passado ocupava a Presidência do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), era um dos maiores entusiastas da candidatura do ex-governador.

O ex-presidente, em outra frente, fazia duras críticas ao tucanato paulista pela demora na definição de um nome para concorrer ao Palácio do Planalto. No início do ano, Itamar chegou a dizer que a oposição ao governo Lula estava correndo risco de perder a disputa por W.O. Na época em que Serra e Aécio figuravam como pré-candidatos tucanos, ele também reclamou da postura do paulista, que, segundo ele, atuaria mais nos bastidores, enquanto Aécio jogava abertamente.

DNA
O ex-presidente chegou até a alfinetar o governador paulista em relação à paternidade dos medicamentos genéricos. De acordo com ele, a ideia foi de Jamil Haddad, ministro da Saúde de seu governo, que durou 28 meses. Itamar, que estava sem partido desde 2006, filiou-se ao PPS em julho do ano passado. A escolha da legenda não ocorreu por acaso. O principal nome do PPS, o deputado federal Roberto Freire, foi líder do governo na Câmara durante a gestão do ex-presidente. Itamar tornou-se vice-presidente do partido e defendeu internamente a candidatura de Aécio à Presidência.

Fonte: Correio Brasiliense

 

+ sobre o tema

Musk sugere anistia para policial que matou George Floyd

O bilionário Elon Musk sugeriu repesar a condenação da...

Redução da jornada de trabalho ajudaria quebrar armadilha da baixa produtividade?

Exemplos de países desenvolvidos não dizem muito sobre qual seria...

A escalada das denúncias de quem trabalha sob calor extremo: ‘Imagina como ficam os trabalhadores soldando tanques’

Na segunda-feira (17/2), enquanto os termômetros de São Paulo batiam...

Governo divulga ações para lideranças religiosas de matriz africana

O Ministério da Igualdade Racial (MIR) apresentou para lideranças...

para lembrar

São Paulo – O que abre e fecha neste Carnaval

Confira o funcionamento das instalações municipais durante o carnaval:...

Os 100 dias da primeira-dama Michelle Obama

Fonte: Contigo! Por Aline Salcedo Michelle Obama, 45 anos, não é...

Boaventura Santos: “Desculpe, Presidente Evo”

Esperei uma semana que o governo do meu...

O Congo está em guerra, e seu celular tem a ver com isso

A Guerra do Congo é o conflito mais mortal desde a Segunda Guerra Mundial, mas recebe bem menos atenção do que deveria —especialmente se comparada às guerras...

Debate da escala 6X1 reflete o trabalho em um país de herança escravista

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (25), o texto da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que quer colocar fim à...

Não há racismo estrutural, e discriminação afeta brancos, diz governo Trump

O governo de Donald Trump considera que não existe racismo estrutural nos EUA e alerta que a discriminação é, de fato, cometida contra brancos. Numa carta escrita no dia...
-+=