Itaú Cultural estreia espetáculo circense com referências africanas; saiba como assistir

A produção ficará disponível na plataforma até 27 de março, quando marca o Dia Internacional do Circo

FONTEPor Bruno Vinicius, do JC
Itaú Cultural estreia o Palco Virtual Ancestralidades com temporada de Prot{AGÔ}nistas, espetáculo circense integralmente com artistas negro - (FOTO: Cassandra Mello/Divulgação)

Da música ao teatro, a produção artística afro-brasileira está sendo ampliada em multiplataformas digitais. É o caso do espaço Ancestralidades, do Itaú Cultural, que foi criado para visibilizar os artistas negros. Neste domingo (6), o palco virtual da instituição estreia com a “Prot{AGÔ}nistas”, espetáculo de variedades circenses contemporâneas, idealizado e dirigido por Ricardo Rodrigues, que reúne artistas, dançarinos e músicos negros. A produção ficará disponível na plataforma até 27 de março, quando marca o Dia Internacional do Circo.

Composto por 30 artistas, “Prot{AGÔ}nistas” joga luz ao circo a partir de referências ancestrais. A apresentação é permeada por força corporal e expressão de artistas em coreografias com elementos das culturas afrodiaspóricas. Elas vão da capoeira ao hip hop, do balé à dança sul-africana gumboot, na qual se usa botas de borracha e cano alto.

Também são levados ao palco uma sequência circense com números de faixa, palhaçaria, tecido, malabares, trapézio, contorcionismo, perna de pau e equilíbrio. Segundo os organizadores, a técnica, humor e poesia se misturam nas performances, colocando um olhar moderno à ancestralidade. O público poderá adentrar à proposta a partir da iluminação, que traz foco e tom em cores que ressaltam estados e essências da África.

Plataforma Ancestralidades

A produção circense é um dos conteúdos que estão disponibilizados na plataforma Ancestralidades. Lançada em novembro pelo Itaú Cultural e pela Fundação Tide Setubal, o site guarda informações sobre as heranças culturais afro-brasileiras. A plataforma digital disponibiliza biografias e trajetórias de personalidades negras e suas histórias, marcos históricos desde o início do século XVI e conceitos sobre o tema, como raça, gênero, quilombo, afrofuturismo, entre outras temáticas.

A criação do site Ancestralidades envolveu um conselho formado pela escritora Ana Maria Gonçalves, pela filósofa Sueli Carneiro e pelo músico Tiganá Santana. Além disso, há também uma equipe multidisciplinar de pesquisadores do Afro (Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial) e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

“O Ancestralidades tem como grande objetivo oferecer conteúdo diversificado, sistematizando os múltiplos conhecimentos científicos e metodológicos e os saberes populares que representam esta diversidade sobre a história e a cultura de negras e negros no país. Isso é fundamental nesse contexto. Todos os materiais da plataforma possuem uma transversalidade entre si, relacionando personalidades, instituições e eventos históricos. Todos foram produzidos por pesquisadores e referências no assunto, oferecendo ao público informações confiáveis que possam contribuir com os diversos debates levantados no Brasil sobre relações raciais”, explicou Jader Rosa, gerente do Observatório Itaú Cultural.

SERVIÇO:

Plataforma Ancestralidade

https://www.ancestralidades.org.br

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