Ivi Pizzott comenta caso Taís Araújo: ‘Já fui seguida por segurança’

Bailarina do Faustão diz que preconceito é comum nas redes sociais e que negros não devem se calar. ‘Temos de reagir e denunciar, é o jeito de reduzir.’

Por Bárbara Vieira, do EGO

Ivi Pizzott se solidarizou com o caso de Taís Araújo e Maria Júlia Coutinho, que foram alvo de preconceito em redes sociais, e contou que é comum ela também ser atacada. “Já passei por diversas situações, inclusive nas redes sociais e por diversas vezes me calei. Hoje não mais. Irei reagir e denunciar qualquer situação dessas. É a maneira que temos de tentar reduzir esse grande problema”, diz a bailarina do Faustão, que enumera casos em que também foi alvo de preconceito por ser negra.

“Já fui seguida por um segurança negro em uma loja de departamentos a partir do momento que quando entrei até quando saí (ele achava que eu iria roubar só porque sou negra). Um senhor já saiu do elevador só porque eu entrei… Entre outras coisas”, relembra ela, que posou para um catálaogo fitness na sfotos que ilustram essa nota.

Sobre o ocorrido com a Taís não é uma coisa que vai acabar assim, tem que conviver com isso no Brasil. Quem diz que não existe ou está mal informado ou se faz de doido. Tem muita gente racista, já passei por varias situações e me calei muito… Hoje não me calaria mais… Já não admito mais, procuro a polícia, não podemos deixar impunes esses criminosos.”

Rainha de bateria da escola Camisa Verde e Branco, Ivi e o seu par, Flávio Canto, foram eliminados recentemente da competição no quado ‘Dança dos famosos’. “De jeito nenhum foi decepcionante sair. Foi uma honra rparticipar, eu amo este quadro”, diz ela, que emagreceu quatro quilos durante oes ensaios. Emagreci bastante, os ensaios eram muito intensos!”, justifica ela.

Ivi Pizzott (Foto: Guilherme Bertoncini/ Divulgação)
Ivi Pizzott (Foto: Guilherme Bertoncini/ Divulgação)

Entenda o caso de Thais Araújo
Taís Araújo foi alvo de comentários racistas no Facebook na noite do sábado, 3, em uma foto publicada na rede social. Desde então, a foto passou a receber comentários preconceituosos de diferentes perfis. O caso ganhou notoriedade nacional e até mesmo internacional e foi denunciado pela atriz, que esteve na quarta, 4, na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) , prestando depoimento.

Felizes com a ação que repercutiu na imprensa do Brasil e do mundo, os participantes do grupo ‘QLC (sigla para Que loucura cara) The Return’, também se vangloriaram por outro ataque. Segundo eles, foram os mesmos que lotaram as redes sociais da jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, de injúrias raciais, em julho deste ano. Para os usuários que estavam com medo de serem pegos pelo ataque a Taís Araújo, os administradores relembravam o ‘sucesso’ no caso Maju. “Isso não dá nada, se desse nós estava (sic) preso faz tempo já, pelo ataque da Maju”, escreveram. ‘Estamos famosos’, comentou um dos administradores do grupo após ver uma matéria internacional sobre o caso Taís

Com medo, alguns integrantes deixaram o grupo desde que a Polícia Federal disse que um inquérito havia sido instaurado para investigar o caso.

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