Eu estou sem namorado. As naturezas de meus trabalhos me consomem ao ponto de eu não conseguir me dedicar à minha vida amorosa-afetiva (sim, esta, pra acontecer, precisa de uma dedicação mínima).
Por Jean Wyllys Do Diário Do Centro Do Mundo
Contudo, já passei numa loja do Boticário e comprei um perfume para o namorado que ainda não tenho. Não importa se e quando ele vai chegar. O que importa é que O Boticário fez soar, em sua bonita campanha para o Dia dos Namorados, os acordes do mundo que queremos: o mundo onde as pessoas sejam respeitadas, tenham dignidade, visibilidade e possam amar livremente, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero, cor da pele, etnia, classe social e crença ou não crença em religião; o mundo em que as representações das diferentes expressões do amor e do afeto numa peça publicitária não encontrem resistências por parte de fanáticos religiosos, ignorantes motivados e fascistas diligentes.
“Tudo que eu quero é um acorde perfeito, maior, com todo mundo podendo brilhar num cântico!”, diz a canção de Caetano Veloso. Já comprei o Accordes da Boticário para o namorado que ainda não tenho em resposta ao desamor dos homofóbicos que atacam sua campanha publicitária.
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