O professor e jornalista, José Geraldo Mion Oliveira, acaba de lançar seu primeiro livro: “Jongo – do cativeiro aos dias atuais”. A obra registra trechos sobre a saga da escravidão africana no Brasil, em especial, na província do Espírito Santo, durante o período monárquico.
De acordo com o autor, o livro tem o objetivo de contribuir para com a propagação e difusão do jongo, cultura de raiz africana enraizada no Brasil desde o século XVI e, marca identitária de comunidades quilombolas de Itapemirim, município sul capixaba.
O escritor salienta que a obra tende a contribuir, principalmente, na rede pública de ensino, uma vez que há a obrigatoriedade de aplicação da Lei Nº 10.639/03 que torna obrigatório o ensino de História da África, cultura africana e afro-brasileira no currículo da educação básica.
“Jongo – do cativeiro aos dias atuais” narra a trajetória dos escravos que trazidos da África, apesar de açoitados no Brasil, lutaram durante séculos pela liberdade, resistindo à torturas das piores imagináveis até a morte.
O legado deixado por negros africanos no Novo Mundo é resultado de uma riqueza cultural e história extensa. Entre outros relatos, estão a cantoria dos escravos nos canaviais e cafezais, a resistência nos quilombos, o sofrimento pelas mãos de ferro dos coronéis e dos senhores de engenho.
O último capítulo homenageia Mestra Quequê, jongueira responsável pela manutenção do jongo em Itapemirim e pela tradição do folguedo na região, onde desenvolve um trabalho de resgate com 25 crianças da comunidade Santo Antônio, onde o folclore nasceu.
José Geraldo Oliveira