Jürgen Klopp, um socialista cristão

Técnico do Liverpool, que já criticou publicamente Trump e o Brexit, não esconde suas preferências políticas: “Se há algo que jamais farei em toda minha vida é votar na direita”

Por Diego Torres, Do El País

Jürgen Klopp, homem branco loiro de barba, brinca com Salah em Anfield- jogadores do Liverpool.
Jürgen Klopp brinca com Salah em Anfield. (Foto: CARL RECINE REUTERS)

O técnico alemão que conduziu o Liverpool à final da Champions League contra o Real Madrid foge ao estereótipo do treinador convencional. Não só por sua filosofia de jogo, mas também pelas convicções além da bola. Jürgen Klopp nasceu em Glatten, uma pequena cidade na região da Floresta Negra. “Tinha 1.500 pessoas quando eu me mudei e agora tem 1.499”, brincou o comandante dos Reds ao ser questionado sobre sua origem suábia.

Quando mais jovem, queria ser médico. Como era um mau aluno, suas notas o impediram de realizar o sonho da família. Decidiu estudar Ciências do Esporte na Universidade Goethe, de Frankfurt, enquanto se esforçava para virar jogador profissional. Rejeitado nas categorias de base do Eintracht, acabou acolhido pelo Mainz 05, da segunda divisão alemã. Ali renunciou a suas pretensões de goleador para exercer o que, até então, constituía o menos relevante dos postos do futebol: a lateral direita. Sua revolução começou no recanto mais marginalizado do campo.

Entre 1995 e 2000, o Mainz de Wolfgang Frank aplicou o ideário de Arrigo Sacchi de forma pioneira na Alemanha, onde as equipes demoraram a superar a função do líbero, praticar o 4-4-2 e estabelecer a marcação por zona. O prolongamento de Frank no terreno de jogo era Klopp, feliz de poder dissimular suas carências técnicas com as inovadoras armadilhas coletivas da tática.

Leia a matéria completa em El País.

 

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