Laverne Cox, atriz transexual, foi espancada na infância, deu a volta por cima e hoje brilha nas telas

A famosa atriz transexual Laverne Cox, que atualmente está brilhando como a Sophia da série Orange is the new black, declarou na última semana ter sido vítima de agressões físicas por motivos homofóbicos durante a infância.

por Bernocm92 no ListaGay

Segundo Laverne, que chega aos 30 anos esbanjando beleza, simpatia e engajamento na causa LGBT, aos oito anos de idade, quando ainda vestia-se como um garoto, ela foi brutalmente espancada com golpes de baquetas de bateria por quatro rapazes ao descer do ônibus escolar voltando para a casa na cidade de Mobile, no estado do Alabama, sul dos Estados Unidos.

Laverne conta ainda que antes mesmo da agressão ela já era vítima de xingamentos e ameaças, já que sempre se identificou e se comportou como mulher(tal como ela de fato é uma mulher!), praticava balé e se sentia diferente dos meninos e dos papeis de gênero geralmente atribuídos a eles.

Agora, aos 30 anos, considerada uma das atrizes mais célebres da atualidade e encarnando uma das personagens mais queridas da badalada série Orange is the new black, Laverne diz sentir-se uma mulher realizada, e o principal: sente que com seu trabalho e visibilidade, pode ajudar milhares de jovens trans que encontram preconceito e violência em seus cotidianos.

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Eleita como uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time, Laverne não só brilha nas telas como também fora delas: a atriz é engajada na causa LGBT, em especial no reconhecimento dos direitos das pessoas trans.Recentemente, ela chegou a encontrar-se com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a primeira dama norte americana, Michelle Obama: “Com certas pessoas que encontro, tento me controlar, manter a postura, mas encontrar o presidente e a primeira-dama foi demais para mim”, conta, aos risos, Laverne.

Com a terceira temporada de Orange is the new black marcada para ir ao ar na rede de streaming Netflix já no próximo dia 12 de junho, Laverne considera que sua personagem pode estar ajudando muitas pessoas trans a encararem melhor a fase da transição sexual, e também a aproximá-las e representá-las melhor, já que infelizmente é ainda muito pequeno o espaço dado às pessoas trans na mídia e nas artes.

“Temos nove alunos transgênero. Eles achavam que nunca poderiam alcançar o que queriam por serem trans e negros. Meu exemplo lhes deu força.” Que assim seja, Laverne! Que a sua personagem e seu engajamento ajudem muitas e muitas pessoas trans a conquistarem seu espaço e aceitação na sociedade ainda tão transfóbica!

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