LeBron James critica postura dos Estados Unidos no caso Brittney Griner

Astro dos Lakers reforçou apoio à jogadora da WNBA, presa na Rússia desde fevereiro

FONTEThe Playoffs
Foto: Barry Gossage / AFP

No novo episódio do talk show “The Shop: Uninterrupted“, LeBron James criticou a postura dos Estados Unidos no caso de Brittney Griner, jogadora do Phoenix Mercury, da WNBA, que está presa na Rússia desde fevereiro. “Agora, como ela pode se sentir apoiada pela América? Eu estaria me perguntando: ‘será que eu quero mesmo voltar?’”, disse LeBron, se referindo a demora do governo para trazer a atleta de volta ao país.

Griner foi detida em Moscou, acusada de posse de drogas por carregar em sua bolsa uma essência de cigarro eletrônico que supostamente continha óleo de haxixe. Na última semana a jogadora se declarou culpada, e voltará ao tribunal nesta quinta-feira (14). Segundo especialistas, a decisão deve gerar uma condenação e, posteriormente, facilitar um acordo de extradição entre Estados Unidos e Rússia.

Depois da repercussão do comentário, LeBron usou o Twitter para justificar seu posicionamento: “Meus comentários no ‘The Shop’ sobre Brittney não foram para bater no nosso belo país. Eu estava apenas falando sobre como ela provavelmente está se sentido confusa emocionalmente, junto com tantas outras emoções, pensamentos etc, dentro daquela cela que ela está há mais de 100 dias”, explicou.

O ala do Los Angeles Lakers já havia se posicionado sobre o caso no início de junho, quando, também no Twitter, publicou uma mensagem convocando os atletas a se manifestarem em apoio a Griner, para que ela pudesse retornar o mais rápido possível.

Através de sua plataforma “Uninterrupted“, LeBron tem vendido camisetas com a estampa “We Are BG” (nós somos Brittney Griner), direcionando o dinheiro das vendas ao fundo coletivo criado pela família de Griner para arcar com os custos legais do processo.

O nome do astro da NBA já havia surgido na discussão sobre a situação da jogadora na semana passada. Vanessa Nygaard, treinadora do Phoenix Mercury, equipe que Griner defende atualmente, deu uma forte declaração sobre a lentidão do governo americano na resolução do caso.

“Se fosse o LeBron, ele já estaria em casa, certo? É uma afirmação sobre o valor de uma mulher. É uma afirmação sobre o valor de uma pessoa negra. É uma afirmação sobre o valor de uma pessoa homossexual. Todas essas coisas. Nós estamos ciente disso, e é isso que machuca ainda mais”, afirmou Nygaard.

O comissário da NBA, Adam Silver, também falou sobre o assunto, destacando que a NBA e a WNBA estão fazendo tudo que está em seu alcance para ajudar Griner a voltar para casa, mas que a tensão geopolítica torna a questão ainda mais complicada.  Diversas autoridades do governo norte-americano comentaram o caso, e espera-se que o diplomata Bill Richardson, ex-governador do estado de Novo México, vá pessoalmente a Rússia para negociar a liberação da atleta.

Griner tem uma carreira de sucesso na WNBA. Primeira escolha do Phoenix Mercury no draft de 2013, a pivô já conquistou um título, oito seleções para o all-star game, e seis seleções para o All-WNBA Team, além de dois prêmios de cestinha da temporada.

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