Malcom estreou pelo Zenit, da Rússia, dias depois de deixar o Barcelona. No empate em 1 a 1 com o Krasnodar, porém, o brasileiro teve que enfrentar manifestação racista da própria torcida.
Do ESPN.com.br
Nas arquibancadas, um grupo de torcedores da equipe russa mostrou faixa com a seguinte inscrição: “Obrigado à direção por respeitar nossas tradições”.
O texto, segundo a imprensa europeia, ironizava a diretoria pela contratação de um jogador negro como Malcom – que entrou no segundo tempo e jogou 18 minutos.
A “tradição” referida pelo grupo é descrita em um longo manifesto já publicado pelos torcedores no passado. Nele, há uma parte exclusiva para tratar de atletas negros
“(…) A ausência de jogadores negros no Zenit é apenas uma importante tradição. Ela enfatiza a identidade do clube e nada mais. Graças a preservação (dessa tradição), o Zenit tem a sua cara reconhecida no mundo, como poucos clubes que mantém isso”.
Além de Malcom, o Zenit também conta com o brasileiro, e negro, Douglas Santos, ex- Atlético-MG. No jogo, o lateral acabou fazendo um gol contra.
Malcom chegou ao Zenit na última sexta-feira. O clube russo pagou 40 milhões de euros (R$ 173 milhões) ao Barcelona para trazer o jovem de 22 anos, revelado pelo Corinthians.