Marina Silva foge de polêmica e defende consulta sobre aborto

Pré-candidata do PV disse ser a favor da redução da jornada de trabalho para 40 horas

 

Marina Silva (PV), pré-candidata à Presidência, evitou entrar em polêmicas durante entrevista à rede RBS na manhã desta terça-feira (18). Marina afirmou que é contra o aborto e a legalização da maconha, mas defendeu uma consulta popular sobre os dois temas.

– Tenho uma posição contrária ao aborto, mas diria que esse assunto não é de fácil solução. […] Defendo um plebiscito para que a sociedade se pronuncie. […] Óbvio que as mulheres não fazem [o aborto] como método contraceptivo, fazem em um momento de desespero.

Questionada sobre a legalização da maconha, Marina disse que discorda da posição do amigo Fernando Gabeira (PV) e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Gabeira e FHC são favoráveis à legalização da droga como um das maneiras para enfraquecer o tráfico de drogas.

– Liberar não ajudaria a combater o tráfico. Defendo um plebiscito.

Jornada de trabalho

Ao contrário da petista Dilma Rousseff (PT), Marina declarou que é a favor da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. A senadora afirmou que é preciso diminuir o número de empregos informais no país.

Na última segunda-feira (17), Dilma disse em entrevista à rádio CBN que a questão não cabe ao governo federal e deve ser resolvida mediante um acordo entre empresários e sindicatos.

Marina, que pediu licença do Senado até junho, explicou também que, se eleita, quer fazer um “pacote de reformas”.

– Vou tentar chamar uma Constituinte exclusiva para fazer as reformas que o país precisa.

A pré-candidata voltou a afirmar que voltará ao Senado para votar o aumento de 7,7% para os aposentados que recebem acima de um salário mínimo, tema que deverá ser debatido nesta semana pelo Plenário da Casa.

Em relação à política econômica adotada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva para controlar a inflação, Marina esclareceu ser contra o aumento dos juros. Ela defendeu a redução dos gastos públicos para manter a inflação baixa.

Fonte: R7

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