Médicos cubanos desembarcam em BH e são recebidos com queijo e doce de leite

Nesse sábado, outros dois profissionais já tinha chegado à capital; grupo vai passar por treinamento

CAROLINA CAETANO
BERNARDO MIRANDA

Após serem vaiados em outros Estados, mais 24 médicos cubanos desembarcaram no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, neste domingo (15). Os profissionais foram recebidos com flores, queijo, doce de leite e cachaça.

Os profissionais, que atenderão 21 municípios mineiros, vieram de Salvador, Brasília e Recife, onde, nas últimas semanas, passaram por treinamentos. A partir desta segunda-feira (16), eles terão mais treinamentos e, depois disso, passarão a atender os pacientes em lugares mais carentes pela equipe Saúde da Família.

Os cubanos foram recebidos com festa pelas 50 pessoas que estavam no saguão do aeroporto. Nesse sábado (14), outros dois médicos já tinham chegado na capital mineira.

A cubana Natacha Romero Sanchez, de 44 anos, disse que não há dificuldades em se adaptar para fazer atendimento no Brasil. “As realidades dos dois países são muito parecidas e sabemos como lidar com as doenças comuns no Brasil, que, em alguns casos, são as mesmas de Cuba”, afirmou a médica que vai atuar em Barão de Cocais, na região Central do Estado.

Escravidão?

A médica cubana Luisa Balbina Dieguez Perez, de 48 anos, ressaltou que não há nenhuma relação do trabalho que vai realizar no Brasil com escravidão – rebatendo críticas dos contrários ao programa de que os cubanos no Brasil teriam direitos suprimidos. “De forma alguma somos escravos. Somos muito livres e estamos felizes em fazer esse trabalho no Brasil”, enfatizou.

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, recepcionou os cubanos e aproveitou para mais uma vez rebater as críticas dos conselhos regionais de medicina ao programa. “O posicionamento dos líderes dos conselhos não está de acordo com o que ouvimos dos médicos que trabalham no SUS, que sabem das dificuldades que passamos e apoiam a vinda dos estrangeiros”, declarou
Na 2ª chamada do programa “Mais Médicos” o Estado deve ser contemplado por mais médicos de Cuba.

 

 

Fonte: O Tempo

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