As melhores médias de estudantes do Brasil são de bolsistas do ProUni

Pesquisa mostra que alunos que contam com bolsa integral para estudar em faculdades particulares têm média de acertos de 49,35 na avaliação, enquanto média geral é de 43,19 pontos

Do Blog do Planalto

Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

Alunos de faculdades particulares com bolsas integrais do Programa Universidade Para Todos (ProUni) possuem as maiores notas gerais médias do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), revela estudo da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Educação Superior (Abraes).

Os resultados dos prounistas são superiores à média nacional e dos alunos de faculdades públicas.

A pesquisa mostra que quem recebe o benefício tem média de acertos de 49,35 na avaliação do governo federal com concluintes do ensino superior, enquanto a nota dos alunos de ensino público é de 47,87.

A média geral ficou em 43,19. O estudo da Abraes cruzou a nota média dos estudantes com dados socioeconômicos.

Apesar das condições menos favoráveis, dentro da estrutura de seleção e de incentivos do programa, o bolsista do ProUni na rede privada compensa sua desvantagem com base no esforço individual, se dedicando ao programa e obtendo resultado acima da média.

Joceline Gomes, 26 anos, é aluna da primeira turma do programa, em 2005, e se formou em Jornalismo na Universidade Católica de Brasília. Para ela, a bolsa integral foi determinante para uma maior dedicação durante o curso.

“Eu acredito que toda pessoa que entra com qualquer tipo de ação afirmativa para cursar uma faculdade quer provar que ela merece estar ali. Eu estava na faculdade e ia honrar a vaga que eu conquistei. Dei o meu melhor e tirei as melhores notas. Foi assim do início ao fim do curso. Tanto que, no último semestre, eu tinha o maior índice de todos os turnos do curso de Comunicação Social da universidade. Eles me presentearam com uma viagem”, afirma Joceline.

Os alunos ProUni aparecem numa proporção três vezes menor do que a média no grupo das piores notas, e duas vezes maior do que a média no grupo das melhores notas.

Além disso, o levantamento também mostrou que o número de horas de estudo dedicadas fora de sala de aula dos bolsistas é superior ao das escolas públicas.

 

 

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