Mercadante… de novo!

Quando um ministério como o da Educação vira prêmio de consolação de político que não se saiu bem, não há mais que se falar em uma eventual “pátria educadora”. Se é certo que o exemplo vem de cima, então está dado o recado.

Por Luiz Carlos de Freitas Do Avaliacão Educacional

Elza Fiuza/Agência Brasil

Não deu certo na Educação quando foi Ministro da pasta. Não deu certo na Casa Civil. Depois de dois fracassos, era de se esperar que o despachassem para São Paulo, de volta. Mas não: ganha o prêmio de administrar a Educação, de novo.

Para a educação é retrocesso. Como tem sido o governo Dilma em educação, desde o primeiro mandato. Não há que comparar Mercadante a Janine. Aliás, Janine não merecia isso. Foi convidado, acreditou, deu a cara a tapa e é dispensado meses depois.

Em um ano de desgoverno, este será o terceiro Ministro da Educação. Como ter projetos e programas contínuos se não se sabe quanto tempo dura um ministro. E quanto tempo fica Mercadante, sempre de olho em processos eleitorais.

Aliás, Mercadante na Casa Civil bloqueava as reformas no MEC que poderiam ter retirado de lá representantes dos reformadores empresariais da educação em alguns órgãos. Não há nada, portanto, que assinale que tais mudanças poderão ocorrer agora.

Mas poderíamos estar comemorando que o Ministério da Educação foi para o PT e não para o PMDB, por exemplo. Ledo engano: Mercadante é aquele que disse, quando Ministro da Educação da outra vez que: não importa se uma vaga na escola é pública ou privada, importa que exista.

De Ministro em Ministro, vamos perdendo a oportunidade de fazer a educação que precisamos: comprometida com a educação pública de qualidade, de gestão pública.

Qual é mesmo o projeto educativo deste governo? Três Ministros depois do início do governo, não sabemos. E não completamos um ano. Um caiu porque era “bocudo”, o outro por “conveniência alheia” e o terceiro retorna por “conveniência própria”. Ou não tem mais ninguém no PT para assumir a educação? O que esperar de um Ministro que já está, tanto dentro como fora do Ministério, desmoralizado? E ainda sem dinheiro! Muito pouco para o que a educação precisa.

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