Maior jogador de basquete de todos os tempos e seis vezes campeão da NBA com o Chicago Bulls, Michael Jordan anunciou na tarde dessa sexta-feira, que doará, através de sua marca Jordan Brand, US$ 100 milhões (cerca de R$ 497 milhões) a organizações engajadas na causa antirracista. O auxílio será concedido ao longo dos próximos 10 anos com a intenção de garantir igualdade racial, justiça social e maior acesso à educação.
A doação acontece cinco dias após Michael Jordan dar um emocionado depoimento sobre a morte de George Floyd. No último domingo através de uma nota, Jordan relatou dor, tristeza e raiva pela morte de Floyd. O eterno camisa 23 dos Bulls teve sua carreira marcada por evitar posicionamento político ou sobre questões raciais, tanto como jogador, quanto como dono do Charlotte Hornets. O comunicado divulgado nessa sexta-feita é um dos poucos em que a lenda se manifestou abertamente.
“Vidas negras importam. Esta não é uma afirmação controversa. Até que o racismo arraigado que permite o fracasso das instituições de nosso país seja completamente erradicado, permaneceremos comprometidos em proteger e melhorar a vida dos negros”, diz um trecho do comunicado.
O caso George Floyd
Negro, George Floyd morreu em 25 de maio após ser filmado com o pescoço prensado pelo joelho de um policial branco em Minneapolis. O ex-segurança foi alvo da operação policial por supostamente tentar pagar uma conta em uma mercearia com nota falsa de US$ 20, segundo a imprensa norte-americana.
Uma primeira perícia, oficial, não indicou evidências de que Floyd morreu por asfixia. Entretanto, outras duas autópsias indicaram que, sim, o ex-segurança foi morto por sufocamento.
O laudo da autópsia realizada pelo condado de Hennepin, divulgado à imprensa na quarta-feira, informa ainda que Floyd tinha presença de coronavírus no organismo quando morreu. O ex-segurança havia sido diagnosticado com Covid-19 no início de abril.