O MG2 exibe uma série de reportagens sobre homofobia. A primeira foi exibida nesta quinta (17), Dia Internacional da Luta contra o Preconceito e a Homofobia
Do G1
Dia 17 de maio é o Dia Internacional da Luta contra o Preconceito e a Homofobia. A data entrou para o calendário em 1990, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da classificação de doenças. O que durante anos foi considerado um transtorno sexual, se transformou em orientação sexual. Para lembrar a data, o MG2 exibe a partir desta quinta-feira (17), uma série de reportagens sobre a homofobia.
O Brasil ainda é o país onde mais se comete crimes contra as minorias sexuais. Em 2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais e transexuais morreram no país vítimas da homotransfobia, sendo 387 assassinatos e 58 suicídios. Esse número equivale a uma morte a cada 19 horas. Minas Gerais está na segunda posição nacional, com 43 destas mortes.
Anyky Lima é travesti e foi expulsa de casa aos doze anos. Ela disse que é um privilégio conseguir envelhecer em um país como o Brasil. “Todos os dias eu morri um pouco. (…) A gente vê muita coisa acontecer, muita violência, e eu não pensei de chegar a essa idade e ainda ver o que existe hoje. (…) Você ultrapassa uma barreira muito grande quando você modifica seu corpo, quando você tenta ser feliz da maneira que quer ser feliz. Só quem sabe é realmente quem sente na pele”, contou ela.
O coordenador especial de políticas de diversidade sexual da Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sedpac), Douglas Miranda, explicou que segundo estatísticas, quem sofre mais com as agressões são as travestis. “Elas são as que morrem por brutalidade, por crimes de ódio. Porque no momento que elas sofrem um corte em várias partes do corpo, é o quê? É para desfigurar aquele corpo que foi construído”, disse ele.