O Ministério da Igualdade Racial enviou ofícios para cinco órgãos do Rio de Janeiro pedindo maiores informações sobre o caso de racismo de grande repercussão nacional envolvendo Sandra Mathias, moradora de São Conrado e o entregador de aplicativos Max Ângelo. Os documentos foram protocolados na última terça-feira (11).
Por meio da Diretoria de Combate e Superação do Racismo, foram enviados questionamentos ao Ministério Público do Rio de Janeiro, Coordenadoria Executiva Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Subsecretaria de Promoção, Defesa e Garantia dos Direitos Humanos, do governo do estado, Presidente da Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Para a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, é fundamental que os diversos órgãos envolvidos na apuração do caso atuem de forma conjunta. “O Ministério da Igualdade Racial está à disposição de todos os órgãos envolvidos e queremos contribuir e entender como cada um, dentro de suas atribuições e competências pode ajudar na apuração do caso de maneira célere e séria”.
Durante sessão da Comissão de Direitos Humanos no Senado, nesta quarta-feira (12), a ministra relembrou a agressão sofrida por Max. “Se trata de uma senhora, uma ex-jogadora de vôlei, muito bem estudada, com condição financeira agrediu um entregador e não era a primeira vez que ela foi notificada por isso. Foi um ato gravíssimo e esse PL traz um reforço para que as pessoas entendam que qualquer tipo de racismo é crime”, disse a ministra, reforçando a importância da equiparação da injúria racial ao crime de racismo.
Após o recebimento das informações solicitadas, o MIR vai acompanhar o caso de perto para garantir que tenha o andamento devido e que as responsabilidades sejam apuradas e a lei devidamente aplicada.