Antes de disputar Miss Brasil, Monalysa denunciou empresária por racismo
Por Efrém Ribeiro, do Meio Norte
Três meses antes do concurso de Miss Brasil, a piauiense Monalysa Alcântara denunciou na Delegacia de Proteção aos Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias de Teresina uma queixa contra uma empresária de Teresina que a proibiu de desfilar roupas de sua grife, alegando que a modelo, por ser negra, iria desvalorizar as peças de sua coleção.
Monalysa Alcântara registrou Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Proteção aos Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias de Teresina e registrou boletim de ocorrência.
No Boletim de Ocorrência, Monalysa Alcântara denunciou para o delegado Proteção aos Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias de Teresina, Emir Maia, que a empresária não queria nenhuma modelo de pele escura.
Segundo ela, a empresária só queria modelo branca e loura, argumentando, com preconceito e racismo, que suas roupas só davam certo para pessoas de pele clara e não queria as modelos negros porque não iria valorizar as roupas.
O delegado Emir Maia já tinha ouvido o depoimento de Monalysa Alcântara antes dela disputar e vencer os títulos de Miss Piauí e Miss Brasil e suas amigas modelos que ouviram a exigência da empresária.
Emir Maia classifica a exigência como preconceito, já que não existe roupa específica para ninguém.
Segundo ele, a Delegacia de Proteção aos Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias de Teresina apura 40 inquéritos de injuria racial.
Monalysa Alcântara ao vencer o Miss Brasil disse que já tinha sido vítima de racismo e citou o caso da empresária que falou que as modelos negras não combinavam com as roupas da coleção de sua grife.
No mundinho fashion todos conhecem a empresária e acham que ela deveria era ter sido presa por racismo.