Monopólio midiático perde terreno com as redes sociais – Por: Alberto Cantalice

Cresce a audiência dos blogs progressistas no país. Esses são os verdadeiros defensores de uma nova visão de combate à mesmice e a ditadura do pensamento único

Vivendo sob um cerco cada dia mais estreito por parte da mídia conservadora, as forças democráticas investem, cada vez mais, na comunicação pela via da internet. Esses novos ventos de modernidade levaram a aprovação pelo Congresso nacional da lei do marco civil da internet, colocando o Brasil na vanguarda mundial, sendo essa lei como uma verdadeira “constituinte” da rede, coletando elogios pelo mundo.

O monopólio exercido pelas famílias dos grandes meios de comunicação, no início, tentou influenciar para que a proposta viesse na medida de suas orientações. Ao não conseguir vencer a “queda de braço” com as empresas de telecomunicações acabou apoiando a proposta vencedora.

Fiz esse preâmbulo para entrar no cerne da questão: o papel preponderante das redes sociais para rebater as calúnias e mentiras que diuturnamente são disseminadas por essa mesma mídia contra as ações dos governos populares.

Infelizmente ainda não foi regulamentado o direito de resposta, que exigiria do veículo caluniador proporcionar o mesmo espaço e tempo de exposição para aqueles que fossem vítimas de crimes de imprensa. Enquanto isso não acontece só nos resta trabalhar nas redes sociais.

Cresce a audiência dos blogs progressistas no país. Esses são os verdadeiros defensores de uma nova visão de combate à mesmice e a ditadura do pensamento único. Foi tamanho o absurdo a forma como os jornalões trataram a entrevista concedida pelo ex-presidente Lula aos blogueiros, denotando uma certa inveja pelo fato destes terem sido excluídos do rol de entrevistadores.

Nós do Partido dos Trabalhadores defendemos uma verdadeira democratização das comunicações no Brasil, inclusive, ajudando a promover uma campanha nacional de coleta de assinaturas com vistas a apresentação ao congresso nacional de um projeto de lei que regulamente o mercado e ponha fim a essa vergonhosa “oligopolização” dos meios de mídia que não tem paralelo no mundo.

Entender a dinâmica das novas ferramentas de comunicação, inclusive, buscando subsídios e interações fora do chamado eixo Rio-São Paulo é um dos objetivos do PT. Temos realizado oficinas de redes sociais em todas as regiões do país, estamos tentando contribuir para a construção de uma linguagem dinâmica e mais próxima das exigências desse Brasil cada vez mais integrado e solidário, cujas potencialidades foram esquecidas ou até estigmatizadas pelo elitismo midiático.

A forma como a questão da política vem sendo tratada pela mídia comercial merece uma profunda reflexão daqueles que lutam pela preservação da democracia e do estado de direito em nosso país. A criminalização exacerbada da política visa, no meu entender, tentar apartar a maioria da população das discussões da política.

A resistência política e cultural em toda a história brasileira partiu dos setores de esquerda e progressista. O conservadorismo baseado no tripé tradição, família e propriedade, cujos sustentáculos principais são os “donos do dinheiro” e os capitães dos veículos de mídia esgrimam pela sua preservação. A luta contra esse estado de coisas além de árdua será longa. Não se pode engolir o fato destes “senhores” arvorarem em guardiões do interesse nacional quando na verdade operam pelo fortalecimento dos seus interesses de grupo.

Desmistificá-los, trazendo para a luz do debate o mal que faz a nação brasileira a persistência do monopólio, torna-se tarefa urgente e primordial das forças progressistas.

A rede petista e dos demais setores políticos e sociais do campo da esquerda têm trabalhado na conscientização e na busca de novos caminhos.

Fonte: Brasil 247

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