A publicitária Karina Chiaretti, de 42 anos, afirmou ter sido vítima de racismo na Avenida Paulista, uma das mais importantes de São Paulo, na última sexta-feira, 30. Karina estava acompanhada de sua filha de 9 anos na galeria Top Center quando uma senhora começou a ofendê-la depois de tê-las visto. Segundo relatou, a senhora teria chamado Karina de “macaca” e de “negra favelada”.
“Fomos almoçar e depois fui comprar esmaltes para minha filha. Ouvi barulho. A senhora já estava ofendendo outras pessoas. Quando entrei na loja, ela passou por mim e falou: ‘eu não gosto de negro. Negro é sujo. Deveria ser proibida a entrada deles aqui. Negro é imundo'”, contou Karina. “Minha filha começou a chorar. Liguei para a polícia”.
A polícia, afirmou, chegou rápido. Karina disse que a senhora que a agrediu continuou aos berros, ofendendo outras pessoas, e que exigiu ter um policial branco ao seu lado. A caminho da delegacia, a senhora teria pedido ao policial que a levasse para casa para tomar remédio, já que passava mal. Ao chegar lá, ela se trancou dentro de casa e não prestou o depoimento.
Segundo Karina, o policial teria alegado que a senhora tinha doença mental.
A reportagem procurou a Polícia Civil. Segundo a assessoria, a senhora prestaria o depoimento desde que seu nome e seu endereço estivessem registrados no BO. Não está: no documento, a agressora é classificada apenas como “autora”.
Não é a primeira vez que a mesma senhora se envolve em episódios de discriminação racial. Vídeos na internet mostram reportagem feita em 2011 sobre um flagrante da mesma mulher xingando um deficiente físico. Segundo a PM, na época ela teria pedido para que eles recolhessem “esse lixo, este macaco”.
A senhora também agrediu os policiais após ter recebido voz de prisão: “Eu não vou! Seus vagabundos, idiotas! Analfabetos! Sai da minha frente!”, registra o vídeo.
Outra ação da racista:
‘Vocês tem que recolher este lixo, este macaco’ disse mulher presa por racismo na avenida Paulista
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Fonte: Dm24