Mulheres do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune) promovem, em Cuiabá na semana que antecede o Dia da Consciência Negra (20) duas rodas de conversas para discutir sobre a saúde dos povos de terreiros e a inserção de mulheres negras no sistema político brasileiro.
Na segunda, representantes nacionais da Rede de Saúde Afrodescendente (Renafro) vão fazer parte da roda de conversa para discutir a saúde física e mental dos povos de terreiros, e como isso se dá no cotidiano e na vivência dos religiosos em seus templos.
De acordo com o Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune), em Cuiabá há uma tradição muito forte das religiões de matriz africana na capital mato-grossense. Existem mais de 450 terreiros de Umbanda espalhados pela cidade.
Segundo o Imune essas pessoas frequentemente são alvos de intolerância religiosa e a roda ainda vai debater o motivo das autoridades não investigarem devidamente os ataques de intolerância que ocorrem nos terreiros e contra os praticantes.
A roda de conversa contará com a participação de Mãe Baiana, coordenadora nacional da Renafro; Ya Marcia Ogum, da Renafro Bahia; e Ya Cristina, da Renafro de São Paulo.
Além da Mãe Jussia de Ndandalunda, e Mãe Nilce Ornice.
Já na terça-feira (16) o bate-papo segue para falar sobre as mulheres negras no sistema político brasileiro.
A conversa tem o objetivo de pensar em políticas e ações dos movimentos sociais que preparem e estimulem as candidaturas de mulheres negras.
O debate contará com Lindinalva de Paula, gestora de Projetos Sociais no Nordeste e integrante da Rede de Mulheres de Terreiros no Brasil; e Lindinalva Silva, presidenta do Afoxé Filhos do Congo e coordenadora de Patrimônio e Cultura da Casa da Mulher Negra da Bahia.