Museu traz mostra sobre origens do povo negro

Exposição começa no dia 3 de janeiro e segue durante todo o mês; professoras ministram oficina no dia 25

Do  Comércio do Jaú

Tela do artista plástico Biuê exaltam a cultura africana (Foto: LAÍS MONTEIRO/ Comércio do Jaú)

 

A exposição “Regando a Raiz” fica disponível a partir do dia 3 de janeiro de 2019 no Museu Municipal José Raphael Toscano de Jaú. A mostra tem o intuito de discutir a origem do negro e está organizada em três partes. A entrada é gratuita.
De acordo com o diretor do museu, Fábio Grossi, a data, fora do mês de novembro, quando se discute a consciência negra, foi pensada propositalmente. “A ideia é mostrar que não é para se falar disso somente no mês de novembro, mas sempre”, comenta.
A primeira parte da exposição traz obras do artista plástico Elias Gonzales, conhecido como Biuê. Em telas e estatuetas, Biuê conta a história do negro desde sua vinda da África ao Brasil.
Em seguida, estará exposto o acervo da academia de capoeira Bantus, fundada em 1970 e considerada a mais antiga de Jaú. Instrumentos musicais e outros objetos que remetem à capoeira, luta originalmente criada pelos negros na época da escravidão.
Na terceira parte da exposição, os visitantes poderão conhecer os trabalhos confeccionados pelos alunos do Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Ceeja) com orientação da professora de artes Angela Calestini. As peças, feitas em papelão e material reciclável, destacam grandes personalidades negras do mundo, Brasil e Jaú, como Nelson Mandela, Zumbi dos Palmares, a poetisa mineira Carolina Maria e a também poetisa jauense Candinha. “Pouquíssimas pessoas de Jaú conhecem e sabem da história de Candinha”, diz Grossi.
O diretor ressalta a importância de promover mostra com o tema para que a população conheça mais das raízes do negro, que está presente na formação do brasileiro. “A gente vê com frequência o uso da cultura negra, mas, muitas vezes, as pessoas não sabem o ponto de partida. A exposição pretende apresentar a origem”, comenta.
Oficina
No dia 25 de janeiro, professoras do Ceeja ministrarão oficina de bonecas abayomi, consideradas símbolo de resistência e poder. O evento será às 14h, no museu, e aberto à população. Não é necessário efetuar inscrição antecipadamente.
A exposição fica durante todo o mês de janeiro no museu e ocorre de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h30, e das 13h às 17h. Aos sábados e domingos, a mostra funciona das 13h às 17h. O museu fica na Avenida João Ferraz Netto, 201, no Centro de Jaú.

+ sobre o tema

A estrela de Viola Davis na Calçada da Fama é prova de que 2017 será ótimo

Diva da TV, do teatro e do cinema, Viola Davis ganhou...

Saúde da População negra é tema de aula magna na Uninove em São Paulo

A palestra foi proferida pela Ministra da Igualdade...

Haitianos gravam vídeo em resposta às críticas de Luciano Huck

“Depois do que vi, acho que a humanidade não...

Deuses de Dois Mundos – A trilogia épica dos orixás

Foi realizado anteontem, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional,...

para lembrar

Política e a Questão Racial por Antonio Ozaí da Silva

Fonte: Sociologia é o limite "A propaganda abolicionista,...

O jovem Mandela: um relato romanceado

A Editora Nova Alexandria lança, em maio, o relato...

Teatro Goiânia recebe festival de música negra americana

O Teatro Goiânia recebe nos dias 20 e 21...

“Papáveis” africanos disputam para suceder Bento XVI

Bento XVI apresentará sua renúncia oficial ao Pontificado...
spot_imgspot_img

Descoberta de cemitério de africanos desenterra apagamentos históricos

Depois de muitos esforços de pesquisadores e organizações do movimento negro para recontar a narrativa em torno do 13 de maio, combatendo a falsa...

Coleção permanente Cinema negro brasileiro, da Itaú Cultural Play, recebe filmes premiados no Brasil e no exterior

A partir de 9 de maio (sexta-feira), a Itaú Cultural Play – plataforma de streaming gratuita de cinema nacional – incorpora mais 10 filmes...

Spcine participa do Marché du Film 2025 com iniciativas para desenvolvimento de projetos focados em coprodução internacional

Com o Brasil como país de honra no Marché du Film 2025, um dos maiores e mais prestigiados mercados da indústria cinematográfica mundial, que...
-+=
Geledés Instituto da Mulher Negra
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.