Namorado de Ariadna, Gabriele Benedetti explica campanha contra o racismo: ‘Amigo negro foi barrado em balada por outro negro

Por: Neto Lucon

 

 

O empresário italiano Gabriele Benedetti explicou com exclusividade ao Virgula Famosos a campanha que fez ao lado da namorada, a ex-BBB Ariadna Thalia Arantes, contra o racismo no último mês. Divulgando novas fotos do ensaio com a modelo – eles aparecem nus e com os corpos pintados – Gabriele diz que o primeiro contato com o racismo foi, olhem só, na Bahia.

“Recebi um convite para uma boate muito chique e fui com um queridíssimo amigo negro. Ele foi barrado na porta sem motivo nenhum. Acabei sabendo que naquela noite a boate havia reservado ingressos só para brancos. E a coisa mais absurda é que o segurança também era negro. É tanto racismo que o próprio negro acaba tendo preconceito com negro. Não acreditava no que estava acontecendo e fiquei bastante chocado”, declarou o empresário.

Segundo ele, que lançou uma marca de roupas inspirada no Brasil, a Brasaimara, existe preconceito na maioria dos países do mundo e nem mesmo o seu próprio país, a Itália, está livre. “[O racismo] é um problema sério que continua forte na história e que demonstra ser uma grande falha na nossa sociedade, que se acha ‘evoluída'”.

TRANSFOBIA

No Brasil, Gabriele diz que começou a sofrer preconceito no dia em que assumiu publicamente o relacionamento com Ariadna, uma mulher transexual. “Não consigo entender o que pode ter de errado no amor de duas pessoas que simplesmente se amam, independente do sexo, cor, raça, cultura e religião”, desabafou.

Ele afirma que as pessoas ainda têm muita ignorância sobre o tema e que a educação é uma das ferramentas para se combater a homofobia e o racismo. “As pessoas estão escravas do preconceito. Decidi enfrentar essa campanha internacional porque o simples feito de amar e defender uma mulher maravilhosa como a Ariadna começou representar um motivo de luta”.

Gabriele afirma que quer servir de exemplo para outras pessoas e que não tem medo da opinião do público. “Queremos provar que qualquer pessoa pode vencer a sua pequena batalha. A liberdade de amar e ser o que queremos é um direito. Quem tenta me ofender, não me machuca. O resultado da minha felicidade fica longe da inveja de quem nunca estará no meu lugar. Sonho, na verdade, para que um dia todos sejam respeitados”.

O empresário garante ser livre de preconceitos e diz que, se pudesse nascer de novo, gostaria de ser negro. “É chato ser tão branquelo”, brincou.

 

Fonte: Virgula

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