Por Fernanda Pompeu
As TICs – Tecnologias da Informação e Comunicação – nos ofertam maravilhas. De tão evidentes, é perda de espaço e tempo enumerá-las. Mas vale ressaltar as facilíssimas ferramentas digitais que tornam a comunicação quase um brinquedo.
Pois tudo é molezinha. Cliques para curtir, comentar, compartilhar. Lá vão nossos dedinhos como moleques num parque de diversão. Cansei do carrossel, pulo para o trem fantasma.
Falando sério. Vivemos uma revolução cognitiva. Todo cidadão pode fotografar com seu celular, e postar na rede álbuns infinitos. Toda cidadã pode gravar vídeos e – vaptvupt – escancarar no You Tube.
Cidadãos podem criar um ou mais blogs, escrever acerca das mães angolanas ou dos ursos nos bosques de Aspen. Eles dão um show de informação e variedade! Sem esquecer o twitter que, com seus 140 caracteres, ajudou a derrubar ditaduras.
Muito lindo! Mas como a perfeição não existe nem na China, nem no universo virtual, as ferramentas faça-ponha também fazem gol contra. Também trazem suas negatividades. Entre elas, a ilusão da facilidade.
Postados, bilhões de fotos e vídeos se parecem uns aos outros. Trilhões de palavras se amontoam causando uma vertigem de excesso. E o que desejava ser único vira uma tremenda redundância.
Vamos entendendo que não basta ter um celular para fazer a boa foto ou o vídeo legal. Não basta criar o blog para postar textos que sejam lidos. Para se diferenciar no planeta digital, você tem que se dedicar.
Tem que estudar. Só desse jeito, seu texto, vídeo, foto terão alguma chance se serem vistos. Para melhorar, você pode observar como os fotógrafos enquadram, como lidam com a luz e a sombra.
Pode assistir a filmes para conhecer a poesia e a gramática de planos e cortes. Ler escritores, jornalistas, blogueiros para sentir como eles constroem o ritmo, a coesão, a coerência – fundamentos da escrita.
Agindo assim, talvez a gente contribua com o amadurecimento da internet, agregando qualidade aos ambientes digitais. Qualificar os conteúdos é desafio e prazer para nós que amamos tanto a teia mundial.
* Foto: Postal “Muitos Mundos”, da Rede de Bibliotecas Escolares de Portugal. Régine Ferrandis, do Algarve.
Fonte: Yahoo