Neve da maior montanha africana deve desaparecer em 20 anos

Fonte: R7

Camada de gelo do monte Kilimanjaro diminuiu 85% apenas entre 1912 e 2007

As neves do monte Kilimanjaro, o pico mais alto de África, estão diminuindo rapidamente e poderão desaparecer dentro de 20 anos devido ao aquecimento global. É o que diz um estudo publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences.

 

Os especialistas em clima responsáveis pela pesquisa disseram que a camada de gelo que cobria o Kilimanjaro em 2007 era 85% menor que em 1912, e desde o ano 2000, a camada se reduziu em 26%.

 

A descoberta aponta para o aumento da temperatura no planeta como a provável causa da perda de gelo. Mudanças na nebulosidade e nas chuvas podem ter tido um papel no processo, apesar de menos importante, especialmente nas últimas décadas.

 

O co-autor do estudo, Lonnie Thompson, professor de ciências da Terra da Universidade de Ohio comentou que “é a primeira vez que os pesquisadores calculam o volume de perda nas áreas de gelo congeladas da montanha”.

 

O relatório que descreve as mudanças no local concluiu que “se observada a porcentagem de volume perdido desde 2000 contra a área perdida à medida que diminui o gelo, os números são muito próximos”.

 

Enquanto que a perda anual das geleiras montanhosas é mais visível pelo recuo de suas margens, Thomson explica que é igualmente preocupante a diminuição do gelo da superfície.

 

Os cumes tanto do norte e do sul do Kilimanjaro sofreram uma redução de 1,9 e 5,1 m, respectivamente. A pequena geleira Furtwangler, que estava derretendo em 2002, se reduziu em 50% entre 2000 e 2009.

“Perdeu a metade de sua espessura”, explicou Thomspon.

 

– No futuro, haverá um ano em que veremos o Furtwangler e no ano seguinte ele terá desaparecido completamente.

 

Mas os cientistas acrescentaram que não acharam evidência de derretimento constante em nenhuma das amostras de camada de gelo extraídas, que datam de 11.700 anos.

 

Eles afirmam que seu derretimento demonstra que as atuais condições climáticas vividas pelo Kilimanjaro são únicas nos últimos 11 milênios.

 

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