Niterói faz caminhada para combater violência contra a mulher

Uma caminhada com o tema Niterói Diz Não à Violência contra a Mulher marcou neste domingo, na Praia de Icaraí, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, o Dia Internacional da Mulher, comemorado na sexta-feira. O evento foi promovido pela prefeitura do município, por meio da Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim). A coordenadora da Codim, Marcilene Souto, ressaltou que a prefeitura assumiu o compromisso de lutar e garantir políticas públicas para diminuir os números da violência contra a mulher.

Em 2012, foram feitos 1.078 atendimentos a mulheres vítimas de violência na cidade. Este ano, somente nos meses de janeiro e fevereiro, foram contabilizados 65 casos de mulheres agredidas. “A prefeitura de Niterói entende que não é mais possível o município ter uma quantidade de mulheres que ainda são vítimas de violência. E a gente está chamando para a nossa responsabilidade esse debate, esse tema”, disse Marcilene à Agência Brasil.

A cidade tem um centro especializado de atendimento às mulheres vítimas de violência, que presta atendimento psicológico, jurídico e assistencial. “Em Niterói, nós temos uma política focada nessa questão específica”. A meta é diminuir o índice de violência contra as mulheres. Entretanto, ainda não foi definido um quantitativo para o curto e médio prazos, explicou a coordenadora de Políticas e Direitos das Mulheres.

Ela acredita que na medida em que a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, punir os agressores, isso fortalece as mulheres que acabam denunciando mais. “Por isso é que, nos últimos anos, tem crescido o volume de denúncias. Na realidade, a gente quer que tenha denúncia, a gente quer identificar esses casos de violência para trabalhar em cima desses dados e poder pensar políticas públicas efetivas na cidade”, disse. Durante todo o mês de março, serão promovidas diversas atividades para conscientizar a população de Niterói sobre a necessidade de combater a violência contra a mulher.

 

Fonte: Correio do Brasil

+ sobre o tema

Prêmio Claudia 2014: Jaqueline Fernandes e Chaia Dechen

Festival Latinidades nasceu do inconformismo de duas mulheres: a...

Blue Ivy e o racismo que vai até o fio de cabelo

Semana passada surgiu na internet um abaixo-assinado pedindo que...

para lembrar

Você sabe o que é feminicídio?

Por Alessandra Petraglia Do Catraca Livre Feminicídio é o assassinato...

18 textos essenciais para estudos e pesquisas sobre gênero e sexualidade

Angie C. Bautista Silva, Caio Castro, Cássio Oliveira, Cícera Amorim, Katarina Vieira, Maria Eduarda...

A cada 2 dias ocorre um feminicídio em São Paulo

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de...

Mulheres Digitais (4ª edição) – O poder feminino no mercado digital

No próximo dia 1 de abril, sábado, o Teatro...
spot_imgspot_img

Sueli Carneiro analisa as raízes do racismo estrutural em aula aberta na FEA-USP

Na tarde da última quarta-feira (18), a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP) foi palco de uma...

O combate ao racismo e o papel das mulheres negras

No dia 21 de março de 1960, cerca de 20 mil pessoas negras se encontraram no bairro de Sharpeville, em Joanesburgo, África do Sul,...

Ativistas do mundo participam do Lançamento do Comitê Global da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver

As mulheres negras do Brasil estão se organizando e fortalecendo alianças internacionais para a realização da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem...
-+=