Na última quinta-feira, dia 25 de setembro, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba anunciou a morte de Assata Shakur, aos 78 anos. A revolucionária norte-americana integrou o Partido dos Panteras Negras e o Exército de Libertação Negra, grupo revolucionário de guerrilha urbana. A causa da morte anunciada foi “problemas de saúde e idade avançada”.
Seu nome de nascimento era Joanne Deborah Byron e, mais tarde, assumiu Joanne Chesimard como seu nome civil. Ela nasceu em 16 de julho de 1947, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Entretanto, passou a infância na Carolina do Norte, um estado símbolo da violenta segregação racial. Na adolescência, voltou para sua cidade natal e passa a morar no Queens.
Por volta dos 20 anos, tornou-se membro do Partido dos Panteras Negras, tendo contribuído para a implementação de ações sociais em bairros como o Harlem. Anos mais tarde, já exercendo um papel de liderança, passou a integrar o Exército da Libertação Negra. O grupo revolucionário sofreu forte perseguição e repressão do FBI.
Em 2 de maio de 1973, Shakur e os colegas Zayd Shakur e Sundiata Acoli foram vítimas de uma abordagem policial em que um dos agentes, Werner Foerster foi morto, assim como Zayd Shakur. Assata, que também acabou ferida neste episódio, foi acusada pela morte do policial e, em 1977, recebeu uma sentença de prisão perpétua. Entretanto, os crimes nunca foram provados.
Após a injusta condenação, conseguiu escapar cinematograficamente de um presídio de segurança máxima e se exilou em Cuba, último lugar de onde se soube de seu paradeiro, no início dos anos 80. Agora, é de lá que surge a confirmação de sua morte.
Assata também foi considerada madrinha do rapper Tupac Shakur, que faleceu em 1996, e deixa uma filha, Kakuya Shakur. Em uma rede social, Kakuya escreveu: “Aproximadamente às 13h15 do dia 25 de setembro, minha mãe, Assata Shakur, deu seu último suspiro terreno. Palavras não podem descrever a profundidade da perda que estou sentindo neste momento”.
Que o orun receba Assata com festa e afagos.