O primeiro passo após o vexame

Por: Rodnei Jericó

O técnico Dunga convocou nesta terça-feira (19/08) 22 atletas para os amistosos da seleção brasileira nos dias 05 de setembro contra Equador e 09 de setembro contra Colômbia. Entre eles estão alguns atletas que faziam parte do grupo do último mundial, a exemplo do zagueiro David Luiz (PSG), o meio campo Luis Gustavo (Wolfsbug) e Oscar (Chelsea), mas também trouxe algumas boas novidades ao grupo, como os meias atacantes Everton Ribeiro (Cruzeiro), Ricardo Goulart (Cruzeiro) e Philipe Coutinho (Liverpool), bem como o zagueiro Gil (Cor).

Parece-me que em sua primeira convocação após o vexatório resultado do último mundial em termos de gols sofridos por uma seleção brasileira em mundiais, o que busca o técnico Dunga é montar uma equipe mais equilibrada em comparação ao time do mundial de 2014, eis que traz em sua convocação atletas que tem em seus clubes o oficio de armação e ataque bem definidos (Everton Ribeiro e Ricardo Goulart), assim como os chamados cabeças de área com a função do desarme (Luis Gustavo e Fernandinho) e outros que mesmo com a função de marcação sabem sair para o ataque com qualidade de passe e finalização (Elias e Ramires).

Outro ponto positivo creio sejam os alas, em especial (Danilo e Alex Sandro), que sabem marcar e saem para a ataque com qualidade quando exigidos, ficando a dúvida quanto ao miolo de zaga, ainda em razão do número de gols sofridos no mundial do Brasil. O histórico de seleções brasileiras campeãs, trazem em seu currículo bases trazidas de times, a exemplo de Santos e Botafogo nas décadas de 60 e 70 e se histórico atual nada melhor do que a campeã de 2014 (Alemanha) que trouxe como base as equipes de Bayer de Munique e Borussia Dortmund.

No atual grupo do Brasil não vemos ainda esta base consolidada quanto a equipes que possam servir como fundação para a seleção brasileira. Vemos nossos atletas heterogêneos dentro do cenário do futebol mundial, alguns expoentes em seus clubes, mas que certamente será uma ponto que dificultará o trabalho da nova comissão técnica do Brasil, que têm em seu grupo 4 atletas do Chelsea (Filipe Luis, recém contratado, Ramires, Oscar e William) mas que não são unanimidades hoje no futebol brasileiro ou mesmo em seu clube de origem, onde nem sempre atuam com a frequência que gostaríamos a ponto de criar uma base como antes tínhamos em nossas seleções. Esperemos para ver o que nos guardará esta nova era do Brasil e como brasileiro e torcedor nacional, desejo toda sorte ao novo grupo.

Rodnei Jericó – Advogado e ex esportista .

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