Campeão do mundo e criador de fundação que combate o racismo diz que a educação é fundamental no processo de exclusão dessa prática
O ex-zagueiro da Juventus Lilian Thuram acredita que o racismo não é uma doença “incurável”. Para ele, o combate a esse problema no futebol é perfeitamente possível. Na Itália, vários casos de repercussão ganharam as páginas dos jornais devido a cânticos racistas de torcedores em insulto a jogadores de times rivais.
Thuram defende a punição dos responsáveis, mas sua preocupação é enfocada no racismo sistêmico.
“Na minha opinião, o racismo não é pior na Itália do que em outro lugar: eu morava lá e era feliz”, disse o francês de 41 anos, que criou uma fundação para combater o racismo, ao Tuttosport. “Eu tenho um monte de amigos em Parma e Torino e eu voltei lá com prazer. Eu não tenho medo das pessoas, mesmo em estádios, que representam uma pequena minoria. Em vez disso, há outros sinais para me preocupar”.
“Por exemplo, quando um técnico francês fala de cotas para negros e árabes. Idéias como essas são muito piores do que qualquer cântico”.
Apesar do panorama, Thuram mostra esperar uma melhora.
“Mas as coisas podem mudar rapidamente. Até 1994, não havia apartheid na África do Sul. Em seguida, Nelson Mandela tornou-se presidente. O racismo não é uma doença incurável. Ele só precisa de educação. E é por isso que estou comprometido. Mesmo a França, mais cedo ou mais tarde, terá seu Barack Obama”.
Fonte: Goal.com