O maior julgamento de neonazis da Alemanha do pós guerra foi hoje retomado em Munique. A principal figura do processo é Beate Zschäpe, uma mulher de 38 anos, única sobrevivente do grupo auto-intitulado “Nacional-Socialista Clandestino”.
Zschäpe é acusada, com outro cúmplice, de ter participado em dez assassinatos entre 2000 e 2007, nove dos quais racistas, principalmente contra pessoas de origem turca.
O processo deverá ser longo e poderá tonar-se numa verdadeira batalha jurídica.
A leitura da acusação não chegou a ter lugar o que causou a impaciência aos representantes dos famíliares das vítimas.
“Eles estão à espera de justiça pelo assassinato dos pais, ambos encontradosmortos em novembro passado. Estão aqui porque querem entender como é que as pessoas se tornam assassinos. É importante para o meu cliente a encontrar a paz interior. “
“Ela (Beate Zschaepe) olhou para o nosso cliente com desprezo como na primeira audiência”.
O segundo dia da audiência foi marcada por reivindicações dos advogados de defesa que exigem audiências para pedir a transferência do processo para outro tribunal.
Os magistrados consideram a atual sala pequena para cinco réus, 86 queixosos representados por 62 advogados.
Leia Também:
Julgamento de neonazista expõe “ponto cego” da ultradireita alemã
Fonte: Euro News