OEA diz que “não há ambiente adequado” para eleições em Honduras

Fonte: G1




Buenos Aires, 3 set (EFE).- As eleições presidenciais de Honduras foram “convocados em meio a um ambiente que não é o adequado para a realização de pleitos democráticos”, disse hoje, em Buenos Aires, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.

Insulza também disse concordar com “o papel” que os Estados Unidos passaram a desempenhar desde o golpe de Estado que, em junho, tirou do poder o então presidente hondurenho, Manuel Zelaya. Segundo o secretário-geral, o país tem feito “muita pressão e tomado uma série de medidas importantes”.

Ontem, em Washington, Zelaya disse que os países-membros da OEA não reconhecerão os resultados das eleições de 29 de novembro em Honduras.

Ainda segundo o chefe de Estado derrubado, a organização defende o endurecimento das medidas contra o Governo de fato de Roberto Micheletti, que assumiu a Presidência no lugar de Zelaya.

“As eleições têm um problema: foram convocadas em meio a um ambiente que não é o adequado para a realização de pleitos democráticos”, declarou Insulza a jornalistas, que o aguardavam na saída da cerimônia de abertura da 2ª Conferência das Supremas Cortes das Américas, em Buenos Aires.

“Em Honduras há um processo de involução, um retrocesso. Não estou prejulgando. No fim das contas, os Governos (dos 33 países-membros ativos da OEA) tomarão sua decisão”, acrescentou o chileno, que admitiu que a reação da organização diante de situações como a vivida em Honduras “é limitada”.

Depois de explicar que “Honduras está suspenso da OEA” e que “esta é a sanção que (a organização) pode aplicar”, Insulza disse que, “se os países decidirem não aprovar a eleição (do fim de novembro)”, as sanções ao país serão mantidas. EFE

 

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