O concurso Casulo 2010 está aberto para estudantes de todo o país. O tema deste ano é o Eu Negro, um mergulho no universo da cultura negra. O trabalho selecionado será reproduzido em uma obra de arte de 324 metros quadrados, que ficará exposta na fachada do Núcleo Avançado em Educação (NAVE), na Tijuca, Rio de Janeiro, a partir de novembro, em homenagem ao mês da Consciência Negra. O vencedor ainda ganha um iPad como prêmio.
As inscrições estão disponíveis até o dia 15 de novembro através do endereço eletrônico http://www.nave.org.br/casulo. Serão aceitos trabalhos figurativos, abstratos, fotográficos, gráficos ou tipográficos ou qualquer outro tipo de representação visual, criados com a utilização de ferramentas digitais, no formato JPG, em resolução de 72 dpi e tamanho de 600×800 pixels.
O concurso é uma parceria do instituto Oi Futuro, Jair de Souza Design e Secretaria de Estado de Cultura do Rio de janeiro. O objetivo é estimular, revelar e dar espaço a novos talentos entre os jovens de cursos superiores e técnico-profissionalizantes. Serão aceitos trabalhos figurativos, abstratos, fotográficos, gráficos ou tipográficos ou qualquer outro tipo de representação visual, criados com a utilização de ferramentas digitais. O importante é que a obra una a criatividade às novas mídias, ou seja, arte e tecnologia.
Segundo Jair de Souza, curador do projeto, a escolha do tema é uma forma de despertar a consciência negra, comemorada no mês de novembro. “Os participantes devem se conectar com sua ‘porção negra’, essa essência que faz parte de todos nós, assim como as de diversas outras raças”, diz o designer. Ele foi o autor da primeira obra exposta na fachada do Nave: uma intervenção com transparência para não encobrir totalmente a fachada de estética industrial art déco do prédio. “O prédio participa da arte”, explica Jair.
“O Casulo é um espaço de arte a céu aberto. Além de representar a democratização da arte, ele ainda causa impacto positivo em toda a região, porque a área se torna mais atraente, convidativa,” diz Samara Werner, diretora de Educação do Oi Futuro.
O painel cobre a fachada do Colégio Estadual José Leite, onde funciona o NAVE. Todos os anos este painel é substituído. “Essa transformação contínua representa as constantes mudanças dos jovens e também, as da própria escola”, acrescenta Samara.
A escolha do vencedor ficará a cargo de uma equipe constituída pela direção do Oi Futuro, pelo curador do projeto Jair de Souza e uma terceira pessoa a ser definida. São critérios classificatórios originalidade, criatividade e consistência com o tema. O trabalho vencedor será reproduzido em uma tela ortofônica (micro perfurada), de 18 x 18 metros, feita com material sintético de alta resistência, que ficará exposto na fachada do Nave. O resultado visual é uma tela ligeiramente transparente, iluminada à noite, de forma que a imagem impressa não esconda totalmente o prédio.
Sobre o Nave
O Nave (Núcleo Avançado em Educação) é um programa do Oi Futuro voltado para a pesquisa e desenvolvimento de soluções educativas que utilizem de forma diferenciada as tecnologias da informação e da comunicação no ensino médio e capacitem os jovens para profissões na área digital. No Rio de Janeiro, o projeto é resultado de uma parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) e está instalado em uma antiga central telefônica da Oi, na Tijuca. Em Recife, o NAVE conta com a experiência do Centro Experimental Cícero Dias.
Com metodologia moderna, o NAVE forma jovens para novas tecnologias do mundo contemporâneo e irá prepará-los para exercer profissões como roteiristas, programadores, designers e gestores para atuar com TV digital, internet, celular e jogos eletrônicos. Ao final de três anos, os jovens sairão da escola com o diploma de ensino médio integrado ao profissional e mais: o objetivo do Nave é também formar um jovem autônomo (capaz de tomar decisões), solidário (com conceitos de cidadania e responsabilidade social) e capaz (com habilidades para ser inserido no mercado de trabalho).
Na sala de aula, no lugar do quadro negro, os alunos contam com uma lousa digital conectada à Internet. O conteúdo das aulas, além de anotado nos cadernos, é salvo diretamente em pendrives pelos alunos. No recreio, os alunos têm acesso ao que há de mais moderno em jogos eletrônicos, como Wii, games desenvolvidos para celular e computadores conectados à Internet.
No ano passado, foi inaugurado nas duas unidades, o Espaço Mídia-Educação, um estúdio multi-mídia com isolamento acústico e ilha de edição. Nesse espaço os alunos terão a chance de editar trilhas sonoras para games e também produzir e editar vídeos para produtos multimídia.
Sobre o Oi Futuro
O Oi Futuro tem a missão de democratizar o acesso ao conhecimento para acelerar e promover o desenvolvimento humano. O principal foco das ações do instituto de responsabilidade da Oi é a promoção de um futuro melhor para os brasileiros, reduzindo distâncias geográficas e sociais. Os programas Oi Tonomundo, Oi Kabum! (escolas de arte e tecnologia), NAVE e Oi Novos Brasis atendem 600 mil crianças e jovens, desenvolvendo metodologias educacionais inovadoras, promovendo a inclusão digital e fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de professores e educadores da rede pública. O Oi Conecta, um programa em parceria com o Governo Federal, leva banda larga a mais de 40 mil escolas públicas, beneficiando cerca de 26 milhões de alunos. Na área cultural, O Oi Futuro atua como gestor do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades. O Oi Futuro apóia, ainda, projetos aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte. A Oi foi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos sócio-educativos inseridos na nova Lei.
Sobre Jair de Souza e A Jair de Souza Design
Jair de Souza é formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ e pela École Nationalle Supérieure des Arts Decoratifs e no Musée de L’Homme, de Paris, onde fez o curso de cinema e vídeo ministrado por Jean Rouch. Carioca, nascido em 1947, começou como diretor de arte de revistas e jornais em meados da década de 70, na França. Entre seus projetos destacam-se o Museu do Futebol (São Paulo), livros de arte e catálogos como o da exposição do artista plástico Vik Muniz, cartazes e créditos iniciais de filmes nacionais e diversas marcas de sucesso, entre outros. Sua empresa, a Vinte Um Zero Um Comunicação, foi criada em 2001 e é uma agência de branding cultural que, a partir do design, desenvolve soluções multimídia de comunicação.
“Gosto de trabalhar com questões complexas, difíceis de resolver. Gosto de fazer museus, exposições, livros, sites, ambientes. Criar nomes, marcas e idéias, pensar o projeto inteiro, do nome ao conteúdo, do site ao catálogo, do convite ao projeto cenográfico. Gosto de pensar e resolver situações que envolvam a emoção e pessoas. Pensar em soluções visuais, sonoras, ambientais, gráficas, arquitetônicas, multimídias que resolvam questões de comunicação. Trabalho para fazer com que as pessoas se emocionem, se surpreendam e finalmente, se sintam bem e ainda melhor do que em casa, no cinema, no shopping ou no analista. Quero cada vez pensar e fazer projetos realmente inéditos e que alimentem as cabeças e corações; projetos com propósitos de qualidade, que ajudem a transformar e educar positivamente as crianças e os jovens”, Jair de Souza em entrevista para o site do jornalista Sidney Rezende.
Fonte: Inconfidencial