Em seu perfil no Facebook, o presidente do Olodum João Jorge Rodrigues compartilhou uma denúncia de racismo contra a produção e segurança do camarote Planeta Band feita pelo advogado e compositor Leandro Oliveira; ele relata que teria sido impedido de entrar no camarote mesmo vestido com a camisa da estrutura; “Você conseguiu com quem essa camisa nego? Essa camisa é só para convidado”, teriam dito os seguranças; “Já Registrei boletim de ocorrência e já relatei o fato ao CDCN, e também ao Observatório racial, e a comissão de ética e direitos humanos da OAB -BA”, afirma o denunciante
Em seu perfil no Facebook, o presidente do Olodum João Jorge Rodrigues compartilhou, neste domingo (5), uma denúncia de racismo contra a produção e segurança do camarote Planeta Band.
De acordo com o texto, o advogado e compositor Leandro Oliveira relata que teria sido impedido de entrar no camarote mesmo vestido com a camisa da estrutura.
“Você conseguiu com quem essa camisa nego? Essa camisa é só para convidado”, teriam dito os seguranças.
Confira abaixo o depoimento na íntegra:
RACISMO NO CAMAROTE PLANETA BAND
Sou Leandro Oliveira, Advogado , Compositor de grandes artistas, no cenário Baiano. Como : Olodum, Margrethe Menezes, Harmonia do Samba Araketu e outros.
No dia 13 de fevereiro de 2015 fui vitima de racismo pela produção e segurança do camarote Planeta Band.
Ao tentar entrar no camarote Planeta Band fui impedido pelos produtores e segurança do mesmo.
Vale salientar que estava vestido com a camisa Vermelha do camarote HC Band, quando meio a outras pessoas, frisa-se não negras, foi cobrado apenas de mim a apresentação do ingresso pelo senhor que se identificou como chefe de produção de prenome Marcos.
De forma ríspida perguntou : cadê seu ingresso?
Disse a ele que não tinha entendido, e ele novamente de forma ríspida perguntou: cadê se ingresso?
Disse a ele que ele estava sendo discriminatório que meio a tanta gente ele esta exigindo apenas de mim o ingresso para poder entrar no estabelecimento.
Ele então disse que eu só iria passar se apresentasse o ingresso.
Quando eu disse que não iria me sujeitar a tal abordagem discriminatória o mesmo então disse : Você conseguiu com quem essa camisa nego?, Essa camisa é só para convidado.
Percebi que estava sendo vitima de racismo comecei a discutir com ele quando o mesmo me empurrou.
Logo em seguida fui cercado pelos seguranças passando por momento vexatório e constrangedor.
Fiquei quase 50 minutos para conseguir entrar em quanto centenas de pessoas, não negras passavam sem qualquer apresentação de ingresso .
Quando eu me apresentei como advogado e mostrei o ingresso a equipe de produção tentou ocultar o crime racismo pedido para as outras pessoas apresentarem o ingresso.
Porem já era tarde de mais, pois foi tudo filmado por uma colega que estava no local e presenciou o ocorrido.
Ainda depois de estar dentro do camarote fui obrigado a entregar a camisa do camarote HC vermelha , em troca eles me deram uma camisa de um camarote inferior que era da camisa verde .
Logo após do episodio passei muito mau, com o ocorrido e dei entrada na emergência da Vitalmed com a pressão arterial alterada.
Assim indignado por ter sofrido racismo em pleno carnaval de salvador peço aos amigos, amigas e pessoas que abominem esse sentimento asqueroso que divulguem o ocorrido.
Já Registrei boletim de ocorrência , e já relatei o fato ao CDCN, registrei o fato também frente ao Observatório racial, e a comissão de ética e direitos humanos da OAB -BA.
Conto com a ajuda de todos para divulgar o ocorrido.
Grato Leandro Oliveira