ONU reconhece luta de Cuba contra o racismo

Organismos das Nações Unidas reconheceram hoje aqui os avanços na luta contra a discriminação racial em Cuba, graças a uma política estatal dirigida a beneficiar todos os setores da sociedade.

Em declarações à Prensa Latina, o representante auxiliar do Fundo de População das Nações Unidas, Rolando García, destacou que os avanços do país constituem um exemplo para o mundo e atualmente Cuba está à frente na América Latina no que se refere à igualdade de oportunidades a seus cidadãos.

Estes avanços correspondem-se com as políticas de participação cidadã e inclusivas, promovidas pela direção da nação empenhada agora em consolidar esse propósito, disse García, que participa do seminário “Cuba e os povos afrodescendentes na América”.

No caso de Cuba, podemos dizer que resolveu os principais problemas de discriminação e conseguiu incorporar em grande parte os afrodescendentes à sociedade, assinalou García na sede do Instituto Cubano de Investigação Cultural Juan Marinello desta capital.

Há 60 anos -recordou García- foi promulgada a Declaração de Direitos Humanos, um documento que chama a respeitar a liberdade e a dignidade dos homens.

Após esse tempo decorrido -lamentou o representante- persiste esse flagelo no mundo.

No próximo dia 31 outubro -anunciou García- o planeta Terra terá sete bilhões de habitantes e deles 150 milhões são afrodescendentes na América Latina.

Cerca de 30 por cento dessas pessoas são mulheres que engrossam os maiores índices de pobreza, de gravidez na adolescência e doenças de sexual transmissíveis, detalhou.

Juan José Ortiz, representante em Cuba do Fundo das Nações Unidas para a Infância, destacou que das milhares de crianças afrodescendentes na região afetados pela pobreza e todos seus efeitos secundários, nenhum é cubano, graças à vontade política do governo.

Sublinhou que Cuba e Noruega são os países com mais baixa taxa de mortalidade infantil no mundo, mas é impressionante, disse o funcionário, que a maior das Antilhas conseguiu estes resultados sem contar com o desenvolvimento e as riquezas desse país europeu.

A coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas aqui, Bárbara Pesce, disse que Cuba é um exemplo de luta em matéria de discriminação racial.

Este Ano Internacional dos Afrodescendentes -indicou Pesce- leva-nos a fazer uma parada no caminho, analisar e traçar uma estratégia para resolver este problema que afeta a América Latina e outras partes o mundo.

O papel das identidades culturais nos meios de difusão em massa de comunicação e seu impacto na criação do novo paradigma de igualdade racial centrará os debates nesta quinta-feira no penúltimo dia de trabalho da reunião acadêmica.

Fonte: Prensa Latina

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