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    Cartas de mulheres assírias encontradas em escavações revelam sua atuação nas redes de comércio da época (Foto: VANESSA TUBIANA-BRUN)

    As mulheres que chefiavam ‘empresas’ há 4 mil anos

    As mulheres usam a mandioca tradicionalmente para cozinhar e sabem prepará-la de várias maneiras.(Foto: TANIA LIEUW-A-SOE/CEDIDAS)

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    Pesquisa mostra que, apesar de homens morrerem mais, as mulheres são mais impactadas no dia a dia da pandemia

    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

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    Mulher vítima de agressões fez um "X" na mão para pedir ajuda — Foto: Arquivo Pessoal

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      Literatura infantil para incentivar a autoestima em crianças negras

      Imagem: Frazer Harrison/Getty Images

      Globo de Ouro 2021: atores lamentam ausência de negros entre jurados

      O coletivo Lótus Feminismo é provavelmente um dos primeiros grupos a discutir feminismo asiático no Brasil (Foto: Reprodução/Instagram)

      Feminismo asiático: mulheres amarelas lutam contra a erotização e o racismo 

      Christian Ribeiro (Foto: Arquivo Pessoal)

      (Para que o absurdo não se torne razão) As vezes é necessário se falar o óbvio: RACISMO REVERSO NÃO EXISTE!

      "Justiça para Daniel Prude": protesto em Rochester em setembro de 2020 (Foto: Reuters/ L. DeDario)

      EUA: agentes que asfixiaram homem negro nem serão julgados

      Neca Setubal Imagem: Sergio Lima/Folhapress

      A inaceitável desvinculação do investimento em educação e saúde

      Zilda Maria de Paula (à esq.), líder das mães de Osasco e Barueri, conversa com Josiane Amaral, filha da vítima Joseval Silva Imagem: Marcelo Oliveira/UOL

      Defesa de réus de chacina tenta desacreditar mães de vítimas, diz defensora

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      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

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        Espetáculo Negra Palavra | Solano Trindade (Foto: Mariama Prieto)

        Identidades negra e indígena são tema do Palco Virtual de cênicas com leituras e espetáculos em construção de teatro e dança

        Beth Belisário (Foto: Divulgação)

        Beth Belisário, do bloco Ilú Obá de Min, abre série especial da coluna Um Certo Alguém em sinergia com a Ocupação Chiquinha Gonzaga

        Imagem 1 – Tear e poesia do fotógrafo Fernando Solidade

        Festival de Imagens Periféricas apresenta a multiplicidade cultural de São Paulo através da fotografia

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        A escritora brasileira Carolina Maria de Jesus durante noite de autógrafos do lançamento de seu livro "Quarto de Despejo", em uma livraria na rua Marconi, em São Paulo (SP). (São Paulo (SP), 09.09.1960. (Foto: Acervo UH/Folhapress)

        Carolina Maria de Jesus ganha título de Doutora Honoris Causa da UFRJ

         Instagram/@teresacristinaoficial/Reprodução

        Teresa Cristina, que já era imensa, saiu ainda maior do programa Roda Viva

        Filipe Nyusi agradeceu ao "povo irmão" da China pelo envio das primeiras vacinas contra a covid-19 Foto: HANNIBAL HANSCHKE

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              Oprah Winfrey fala sobre superação e empoderamento

              01/03/2018
              em Mulher Negra
              9 min.

              A mulher que derrubou barreiras raciais e de gênero com suas conquistas conversa com CLAUDIA

              Por  Isabella D’Ercole e Lucy Allen, da Claudia 

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              É preciso voltar o filme e revisitar duas cenas para entender o atual momento de Hollywood – em que se comemora o fortalecimento do feminismo em uma área até então deficitária em se tratando de posicionamento. Primeiro, rebobine até 5 de outubro do ano passado, uma quinta-feira em que a chamada mais chocante do jornal americano The New York Times era a denúncia de atrizes contra o produtor milionário Harvey Weinstein, hoje com 65 anos.

              Getty Images

              Responsável por filmes vencedores do Oscar, como Shakespeare Apaixonado e Os Oito Odiados, ele teria aparecido pelado diante de atrizes em quartos de hotel e durante filmagens, exigido favores sexuais em troca de bons papéis e estuprado mulheres nos Estados Unidos e na Inglaterra. Em pouco tempo, várias estrelas expuseram histórias assustadoras com o poderoso produtor – entre elas, Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Cara Delevingne.

              A segunda cena-chave ocorreu em 7 de janeiro deste ano, em Los Angeles. Ao receber o Prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto da obra, na cerimônia do Globo de Ouro, a apresentadora e atriz Oprah Winfrey subiu ao palco para falar do impacto que certos atos de resistência e as batalhas feministas em geral causam nas meninas por todo o mundo.

              “Quero expressar minha gratidão às mulheres que aguentaram anos de abuso e assédio porque, assim como minha mãe, tinham crianças para alimentar, contas para pagar e sonhos para perseguir”, disse em um discurso emocionante.

              Getty Images

              A fala de Oprah celebrou a força feminina em Hollywood, encorpada pelo episódio de Harvey Weinstein. Ali, ela deu destaque ao movimento Time’s Up (algo como “O tempo acabou”, em tradução livre), criado no começo do ano por atrizes como Reese Witherspoon, America Ferrera e Natalie Portman. Unidas, elas não pretendem deixar as denúncias se esvaziarem e querem ultrapassar os domínios de Hollywood.

              Já criaram até um fundo para pagar processos legais de vítimas de assédio. “Desde as que trabalham nas fábricas e nas fazendas até as empresárias e as que atuam na mídia e além, levantem-se e venham conosco fazer sua voz ser ouvida.” Assim, o movimento conclama todas a abraçar a missão de dar mais poder de fala às mulheres. Celebridades fizeram doações milionárias ao projeto.

              O ator Mark Wahlberg, por exemplo, após descobrir que Michelle Williams, com quem contracenava, recebera menos de 1% do cachê dele pelo mesmo trabalho, entregou 1,5 milhão de dólares.

              Como se vê, de outubro até agora, Hollywood viveu uma verdadeira – e acelerada – revolução feminista. Ainda há muito que caminhar, mas os progressos são visíveis. Embora os salários continuem desiguais, as mulheres estão entrando nas reuniões confiantes, prontas para exigir mais. E o silêncio deixou de ser uma opção. Por anos, era impensável que segredos sobre abusos machistas viessem à tona (ou, quase certo, elas perderiam empregos e contratos).

              Hoje, isso é uma realidade, e eles vão ter de aprender a lidar com o novo cenário. As mulheres estão falando mais, contando com o apoio umas das outras e expondo quem ainda acha que esquemas retrógrados funcionam. Segundo levantamento do jornal USA Today, desde outubro mais de 140 homens americanos públicos, como atores, atletas e chefs, foram acusados de assédio.

              Não demorou para surgir quem criticasse o levante feminista em Hollywood. A atriz francesa Brigitte Bardot chamou as engajadas de hipócritas, afirmando que muitas delas “haviam usado charme e sedução para conquistar papéis desejados e, depois, contavam a história como se fosse assédio”. Sua compatriota Catherine Deneuve assinou uma carta aberta na qual afirmava que o movimento feminista de hoje é extremo.

              Ainda reprovava o “puritanismo” de quem não entende elogios. Após sofrer duras críticas de vítimas de violência de gênero, Catherine se desculpou publicamente. No Brasil, a escritora Danuza Leão publicou texto polêmico no jornal O Globodizendo que esse tipo de fenômeno só combina com os Estados Unidos, porque “lá eles não entendem nada de sexo”. “É doloroso saber que uma mulher pode fazer uma acusação e tirar o emprego de um homem. É algo pecaminoso”, escreveu.

              Onda que cresce

              Hollywood é terra de holofotes. Assim, não é de estranhar a repercussão desses casos de assédio. A mobilização das mulheres do cinema, porém, não constitui um episódio isolado. Insere-se em uma onda feminista recente, impulsionada por jovens que se manifestam, principalmente, usando as redes sociais, mas que acabam levando multidões às ruas.

              Não por acaso o dicionário americano Merriam-Webster elegeu a palavra feminismo como a mais representativa de 2017 – foi a mais buscada na internet. E sua capacidade de viralizar é enorme. Basta dizer que a hashtag feminism já apareceu mais de 6 milhões de vezes nas redes. Mas outra hashtag causou mais furor no ano passado, levando muitos homens a refletir: #MeToo (Eu também).

              A expressão tinha sido adotada uma década antes pela ativista americana Tarana Burke. No entanto, somente a partir do dia 15 de outubro de 2017 tornou- -se um lema de união entre as mulheres. No Twitter, a atriz Alyssa Milanoconvocou quem quisesse compartilhar histórias de assédio e abuso a usar a hashtag. Em apenas uma noite, mais de 30 mil pessoas, entre celebridades e anônimos, já tinham aderido ao movimento.

              A rede de empatia e solidariedade se expandiu e, de tão imensa que ficou, chamou a atenção da revista Time. A publicação acabou decidindo selecionar não uma pessoa, mas o movimento e todas as mulheres que quebraram o silêncio como “personalidade do ano”.

              A intenção da campanha é fazer com que as vítimas não se sintam sozinhas, mesmo que a rede de apoio seja virtual. Aos poucos, homens passaram a interagir e foram convidados a ouvir a versão feminina sem julgamentos prévios ou críticas. Ao engajá-los, a proposta é educá-los, para que, no futuro, a igualdade seja o natural e o assédio algo a ser evitado. “E que ninguém nunca mais tenha de falar me too”, disse Oprah.

              Getty Images

              Dama do pioneirismo

              Oprah Winfrey, 64 anos, completados neste mês, tinha apenas 10 quando o ator Sidney Poitier subiu ao palco da maior premiação de cinema do mundo para receber um Oscar pela atuação em Uma Voz nas Sombras. Era 1964 e ele se tornava o primeiro negro a receber a estatueta naquela categoria.

              Ela relembrou o impacto que o episódio teve em sua vida durante seu discurso no Globo de Ouro. “Tentei muitas vezes explicar o que um momento desses significa para uma menininha que via a mãe chegando cansada depois de limpar a casa de outras pessoas o dia todo, sem poder fazer nada para ajudar.” Talvez aquela tenha sido a centelha de que precisava para voar alto.

              Hoje bilionária, Oprah é a primeira negra a alcançar esse patamar em seu país. Já declarou em diversas entrevistas que sempre soube ter nascido para ser diferente e quebrar o padrão de pobreza e de tragédias da sua família. Natural do Mississippi, veio ao mundo no mesmo ano em que a segregação racial nas escolas americanas foi julgada inconstitucional.

              A garota passou os primeiros anos de vida na casa da avó. Morou com a mãe depois, mas não teve coragem de contar que era estuprada por primos. Engravidou aos 14, e o bebê nasceu morto. Obstinada a conquistar uma trajetória de sonho, fugiu de casa e foi estudar. Com um carisma inquestionável, cativou o público apresentando um programa matinal na televisão. Não parou mais.

              Em 1986, estreou The Oprah Winfrey Show, que ficou 25 anos no ar e chegou a ser exibido em 145 países, inclusive no Brasil. Ganhou o título de “o talk show mais visto dos Estados Unidos”. Em seu sofá, sentaram-se as mais diversas personalidades, na melhor combinação de entretenimento com jornalismo sensacionalista. Mulheres começaram a lotar seu auditório e não sentiam a menor vergonha de dividir dramas.

              Ali, encontravam espaço para falar do desafio de perder peso. Ou até para pedir ajuda para a realização de projetos pessoais. Sempre achavam inspiração nas palavras motivacionais da apresentadora.

              O estúdio do programa ficou pequeno para Oprah em 2011, quando abriu o próprio canal de TV, o OWN. Hoje mantém um império de comunicação. Tem revista, livros publicados, cursos e workshops de bem-estar ministrados.

              Também atuou em filmes, a maioria sobre os conflitos raciais americanos. Já foi até indicada ao Oscar. Assim que desceu do palco do Globo de Ouro, concedeu esta entrevista, que CLAUDIA publica com exclusividade no Brasil.

              Getty Images

              CLAUDIA: Qual foi a lição mais valiosa que aprendeu em sua carreira?

              Oprah Winfrey: Veio da Maya Angelou (escritora e ativista negra americana, morta em 2014), logo que eu a conheci, nos anos 1970. Ela falou: “Querida, quando alguém disser a você quem é, só acredite da primeira vez”. Com os anos, adquiri essa sabedoria de avaliar não só como o outro se descreve mas seu comportamento, suas ações. Demoramos pelo menos 29 vezes para aprender uma lição.

              CLAUDIA: Você vive um momento de auge. O que a faz continuar humilde?

              Oprah: O reconhecimento. Quando me chamaram para contar que eu ia receber o Prêmio Cecil B. DeMille, respondi: “Mas não sou eu quem deveria ganhar isso”. Estava trabalhando com Reese Whiterspoon havia seis meses na gravação de Uma Dobra no Tempo e um dia, no camarim, perguntei a ela quantos filmes havia feito.

              “Sinceramente, nem sei, foram tantos”, respondeu. Torci para ela não me fazer a mesma pergunta, porque eu teria que dizer que foram só uns cinco (risos). No universo dos filmes, sou a criança novata do pedaço, e isso me deixa intimidada. Mas o prêmio é pela obra como um todo. E, quando falamos do meu programa de TV e sobre a marca cultural que deixamos pelo mundo, tenho muito orgulho.

              CLAUDIA: O que você diria às futuras gerações de Hollywood?

              Oprah: Para fazer filmes, é preciso se dedicar ao que você ama. Trabalhei no meu programa por 25 anos, e meu marido (Stedman Graham, empresário e palestrante) pode contar quantas noites eu chegava em casa e nem conseguia tirar as roupas para dormir porque sabia que ia ter que acordar em menos de quatro horas.

              Mas nunca fiquei esgotada. O trabalho precisa vir direto da alma, refletir o passado, mostrar histórias que aconteceram enquanto você crescia e lhe trazem paixão – e que você deve contar porque, senão, ninguém mais vai. Outro grande aprendizado foi que a chave do sucesso é se alinhar com a missão real da sua alma. Se você faz filmes que vêm do seu âmago, não há como dar errado. Mas, se a motivação é dinheiro ou fama, a expectativa não será alcançada.

              CLAUDIA: Você sempre tem bons conselhos. Qual palavra de sabedoria daria para a Oprah de 7 anos sobre sobreviver neste mundo sendo mulher?

              Oprah: Aos 7, eu era triste. Todo meu amor vinha das professoras. Você não faz ideia do poder que exerce quando enxerga verdadeiramente o outro. E o poder que dá àquele que é notado. Esse é o maior presente que se pode oferecer a alguém. Em todos os anos do meu programa, eu aprendi isso. Podia entrevistar um pai que matou as filhas gêmeas, um político, Barack Obama (o ex-presidente), a (cantora) Beyoncé.

              Ao final, todos me faziam a mesma pergunta: “Como eu me saí?”. Entendi que há uma linha ligando a humanidade – todos querem saber se foram ouvidos, se o que falaram teve algum significado. Reconhecer isso nos outros me ajudou a ter mais compaixão e ser compreensiva.

              Consigo entrevistar qualquer pessoa a respeito de qualquer assunto porque sei que, na essência, somos todos iguais. Só queremos ser ouvidos.

              CLAUDIA: No ano passado, o mundo era outro. Donald Trump tinha acabado de vencer as eleições. As acusações de assédio em Hollywood ainda estavam longe de estourar com força. Agora, enquanto estava no palco e todo mundo na plateia vestia preto manifestando-se contra casos de assédio, você sentiu que nós, coletivamente, estamos caminhando em uma direção melhor?

              Oprah: Pelos anos de observação e experiência, entendi que, quando algo realmente negativo está ocorrendo, há uma reação oposta possível. Toda ação tem uma reação, certo? Quando começou o caso (de assédio) do (produtor de Hollywood) Harvey Weinstein, pensei: “Meu Deus, isso é grande!”. E, a cada revelação que surgia, eu enxergava uma oportunidade para algo poderoso, um crescimento enorme.

              Precisávamos aproveitar o momento para amplificar o que estava acontecendo em vez de sermos sempre vitimizadas. Usar preto em solidariedade é um passo. E o que o movimento Time’s Up vem fazendo, com o apoio legal a casos de assédio, é uma evolução enorme. Foi essencial para nós, envolvidas com o Time’s Up, extrapolar Hollywood. Já somos um grupo privilegiado, mas queremos atingir as mulheres do mundo.

              Eu disse em meu discurso e repito: não houve cultura, raça, religião, política ou ambiente de trabalho que não tenha sido afetado pelo machismo. Quis contar a história de Recy Taylor (mulher negra estuprada por seis brancos nos anos 1940) para mostrar que é algo que acontece há muito tempo, quando as pessoas achavam que não podiam falar publicamente sobre isso.

              Há tantas mulheres que passaram por coisas horríveis e ficaram em silêncio porque não existiam outros recursos. Agora, que somos uma só voz, sinto que estamos levando empoderamento a quem nunca teve.

              Tags: Mulher NegraOprah Winfrey
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              • Hoje às 17h, as Promotoras Legais Populares- PLPs, realizam uma live para falar sobre ações e desafios durante a pandemia, no canal do YouTube de Geledés Instituto da Mulher Negra.
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              • Para fechar fevereiro, a coluna Nossas Histórias vem com a assinatura da historiadora Bethania Pereira, que nos convida a pensar sobre as camadas de negação da história do Haiti. Confira um trecho do artigo do artigo"O Pioneirismo haitiano nas lutas pela liberdade no Atlântico"."A partir de 1824, o presidente Jean-Pierre Boyer passou a oferecer terras e cidadania para os imigrantes exclusivamente negros, vindos dos Estados Unidos. Ao chegar no Haiti, as pessoas teriam acesso a um lote de terra, ferramentas e, após um ano, receberiam a cidadania haitiana. A fim de fazer seu projeto reconhecido, Boyer enviou Jonathas Granville como seu representante oficial para os Estados Unidos. Lá, Granville pode se reunir com afro-americanos de diferentes locais mas, aparentemente, foi na cidade de Baltimore, onde ele participou de reuniões na African Methodist Episcopal Church – Bethel [Igreja Metodista Episcopal Africana] e pode se encontrar com homens e mulheres negros e negras. Acesse o material na íntegra em: A Coluna Nossas Histórias é parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune #Haiti #Liberdade #Direitos #SéculoXIX #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
              • #Repost @naosomosalvo • • • • • • A @camaradeputados, o @senadofederal e o @supremotribunalfederal precisam frear a política armamentista da Presidência da República, que coloca em risco nossa segurança e nossa democracia. 72% da população brasileira é contrária à proposta do governo de que é preciso armar a população: precisamos unir nossas forças e vozes contra esses retrocessos! Pressione agora: www.naosomosalvo.com.br As armas que a gente precisa são as que não matam.
              • No próximo sábado, dia 27 de fevereiro, às 17h, as Promotoras Legais Populares- PLPs, realizam uma live para falar sobre ações e desafios durante a pandemia, no canal do YouTube de Geledés Instituto da Mulher Negra.
              • Abdias Nascimento, por Sueli Carneiro “Sempre que penso em Abdias Nascimento o sentimento que me toma é de gratidão aos nossos deuses por sua longa vida e extraordinária história fonte de inspiração de todas as nossas lutas e emblema de nossa força e dignidade. A história política e a reflexão de Abdias Nascimento se inserem no patrimônio político-cultural pan-africanista, repleto de contribuições para a compreensão e superação dos fatores que vêm historicamente subjugando os povos africanos e sua diáspora. Abdias Nascimento é a grande expressão brasileira dessa tradição, que inclui líderes e pensadores da estatura de Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Franz Fannon, Cheikh Anta Diop, Léopold Sedar Senghor, Patrice Lumumba, Kwame Nkruman, Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Steve Biko, Angela Davis, Martin Luther King, Malcom X, entre muitos outros. A atualidade e a justeza das análises e das posições defendidas por Abdias Nascimento ao longo de sua vida se manifestam contemporaneamente entre outros exemplo, nos resultados da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, ocorrida em setembro de 2001, em Durban, África do Sul, que parecem inspiradas em seu livro O Genocídio do Negro Brasileiro (1978) e em suas incontáveis proposições parlamentares.Aprendemos com ele tudo de essencial que há por saber sobre a questão racial no Brasil: a identificar o genocídio do negro, as manhas dos poderes para impedir a escuta de vozes insurgentes; a nos ver como pertencentes a uma comunidade de destino, produtores e herdeiros de um patrimônio cultural construído nos embates da diáspora negra com a supremacia branca em toda parte. Qualquer tema que esteja na agenda nacional sobre a problemática racial no presente já esteve em sua agenda política há décadas atrás, nada lhe escapou. Mas sobretudo o que devemos a ele é a conquista de um pensar negro: uma perspectiva política afrocentrada para o desvelamento e enfrentamento dos desafios para a efetivação de uma cidadania afrodescendente no Brasil, o seu mais generoso legado à nossa luta.” 📷Romulo Arruda
              • #Repost @brazilfound • • • • • • InstaLive Junte-se a nós para uma conversa com Januário Garcia, ícone da história do movimento negro no Brasil, enquanto celebramos o mês da história negra (Black History Month).⁠ ⁠ 📆: Terça-feira, 23 de fevereiro ⁠ ⏱: 18 hs horário de Brasília⁠ 📍: Instagram da BrazilFoundation (@brazilfound)⁠ ⁠ Fotógrafo brasileiro, Januário Garcia há mais de 40 anos vem documentando os aspectos social, político, cultural e econômico das populações negras do Brasil. Formado em Comunicação Visual, passou por prestigiados jornais e grandes agências de publicidade do Rio de Janeiro e é autor das fotos de álbuns icônicos de artistas consagrados. ⁠ ⁠ Januário participa de importantes espaços de memória, arte e cultura do povo negro; é co-fundador do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras, é membro do Conselho Memorial Zumbi e, atualmente, Presidente do Instituto Januário Garcia, um Centro de Memória Contemporâneo de Matrizes Africanas.⁠ ⁠ *⁠ #BrazilFoundation #mêsdahistórianegra #blackhistorymonth #januáriogarcia #brasil @januariogarciaoficial
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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