Grupo promoveu o ato “Acorda MP”, em frente à instituição
Do O Globo
Parentes de vítimas da violência foram recebidos nesta quarta-feira no Ministério Público estadual, após a realização de um ato em frente à instituição, para protestar contra a demora de atuação do órgão e cobrar a responsabilidade de policiais em assassinatos ocorridos em favelas e no subúrbio da cidade. A manifestação, denominada “Acorda MP”, foi organizada pela Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e tinha como objetivo chamar a atenção das autoridades para crimes cometidos no mês de abril, nos últimos anos. A maioria dos casos lembrados ainda está sem solução.
O grupo foi recebido pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, e por representantes das áreas criminal e de direitos humanos. Os manifestantes entregaram uma carta ao MP, listando outros crimes, entre eles alguns que ainda estão parados nas delegacias de Homicídio.
Segundo o MP, Gussem se solidarizou com os parentes das vítimas e determinou o encaminhamento dos casos relatados às promotorias de Justiça com atribuição. Ao grupo, disse que o MPRJ vem fortalecendo suas estruturas voltadas para a atividade fim, mesmo diante da crise: “Vamos perseguir os responsáveis e as autoridades que foram negligentes e tomar as medidas cabíveis”.
Também presente ao encontro, a assessora de Direitos Humanos e Minorias, Eliane de Lima Pereira, garantiu que o MPRJ está atento à gravidade dos fatos apresentados. Segundo a promotora de Justiça, “é claro o posicionamento da chefia institucional no combate às violações recentes, aliado a um esforço de fortalecimento dos órgãos de execução para que efetivamente possam ser cobrados e demonstrar os resultados esperados pela sociedade”.
Após o encontro, 44 parentes de vítimas da violência foram recebido pela procuradora Viviane Tavares, pela promotora Eliane de Lima Pereira e pelo promotor Luiz Fernando Rabelo, subcoordenador do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp). Cada parente pôde relatar a sua história.
Os membros do MPRJ explicaram o papel da instituição e do Gaesp para investigar os casos. Eles se comprometeram a receber nas próximas semanas cada um dos parentes presentes para analisar individualmente seus casos, além de tomar todas as medidas necessárias para punir os criminosos.