Parques de Santo André terão ação contra á intolerância, preconceito sexual e racial

Prefeitura inicia projeto de conscientização e combate à intolerância

A prefeitura de Santo André iniciou uma campanha de combate a vários tipos de preconceitos que violam os direitos individuais.

A ação é específica para os parques municipais da cidade e começou no Parque Celso Daniel. A administração colocou cartazes e distribuirá panfletos de combate à homofobia nos próximos 15 dias. Após o período será a vez do material sobre racismo, machismo, sexismo ou xenofobia.

“A ideia é levar o trabalho para todos os parques. Nosso foco é divulgar a igualdade de direito. Não temos prazo para o fim da campanha, mas queremos que ela seja extensa. Acreditamos que a ação é pioneira aqui na região, quando se fala desse tipo de lugar”, explicou Solange Fernandes Ferreira, assessora de políticas públicas de gênero, do Departamento de Humanidades, que é ligada à Secretaria de Governo da administração.

Segundo a psicóloga, o projeto foi pautado de acordo com as discussões sobre preconceito que estão acontecendo na mídia. “A discriminação acontece em nível de Brasil e nós estamos agindo de acordo com o que está acontecendo. O que a cidade que é o direito de igualdade para todos.”

O projeto conta com apoio da ABCD’S (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual), organização que já trabalha com o combate ao preconceito contra homossexuais em Santo André. Para o presidente de honra da ONG, Marcelo Gil, a conscientização serve para evitar que a violência chegue no município.

“O que está acontecendo hoje é uma vitória. Em 2006, os gays apanhavam da guarda da cidade. Os parques são locais importantes para realizar esse trabalho porque as pessoas vêm para relaxar e existem bastante pluralidade. O que o movimento quer é que isso possa ser ampliado para todo o ABC”, disse.

De acordo com Gil, a Guarda Civil Municipal passará por uma orientação com ele para lidar melhor com o tema.

Para a sócia-fundadora do Negra Sim, Rosana Aparecida da Silva, a prefeitura está fazendo uma ação tardia. Segundo ela, atualmente é difícil discutir políticas para questões raciais no município e que a ação está sendo feita no parque devido ao histórico de casos de prostituição e preconceito.

“Não adianta fazer ações pontuais. Precisamos trabalhar políticas afirmativas na escola. Temos que inserir na grade curricular discussões com as crianças. É lá que os problemas começam”, defendeu a militante que também é secretária de Combate ao Racismo da CUT São Paulo.

Fonte: Rede Bom Dia

+ sobre o tema

Vocês que lutem!

A meta almejada é um Brasil varrido de negros...

Ato de protesto em frente rede de supermercado que jovem foi assassinado por segurança

Cartazes com dizeres como “Vidas negras importam” e “Minha...

Star Wars e a representação estética negra nos brinquedos infantis

O lançamento de brinquedos baseados no novo filme do...

Qual o impacto do racismo nas desigualdades?

Para a polícia de São Paulo, a diferença entre...

para lembrar

Aprovado projeto que cria cotas para negros em concursos

Proposta do líder do PCdoB Raul Carrion estabelece reserva...

‘Brasil ainda luta contra preconceito enraizado’, afirma CRESS-SP

Celebrado em 21 de março, o Dia Internacional contra...

Time de vôlei faz ato contra homofobia em jogo

Uma manifestação de apoio e carinho bonita de...
spot_imgspot_img

X se assemelha a cidade sem lei

Faz poucos dias, o IBGE apresentou ao país as projeções atualizadas da população. Território inteiro, grandes regiões, todas as 27 unidades da Federação, 100% dos 5.570...

‘Gay não opina aqui’: estudante de 14 anos denuncia que sofreu injúria racial e homofobia de colegas de escola na Zona Sul do Rio

Um estudante de 14 anos foi alvo de injúria racial e homofobia por parte de colegas de turma do Colégio pH, no campus de...

Abordagens por reconhecimento facial têm 10% de falsos positivos, diz PM na Alerj

As abordagens conduzidas pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) com o uso do sistema de reconhecimento por biometria facial tiveram uma taxa de falsos...
-+=