O movimento Mulheres Negras Decidem em parceria com a Revista Afirmativa convida a todos os jornalistas do Brasil a participarem da pesquisa “Experiência na cobertura jornalística do projeto político de mulheres negras”. O formulário fica aberto até o dia 27 de maio.
A pesquisa é sigilosa e busca recolher informações sobre como os profissionais da imprensa têm abordado, compreendido e narrado a participação de mulheres negras que ocupam ou ocuparam a política institucional no Brasil nos últimos anos.
O resultado da pesquisa vai subsidiar a construção da cartilha “Mensageiras Confiáveis – um guia para cobertura do projeto político de mulheres negras”, que reúne uma série de textos críticos que analisam de maneira aprofundada o percurso histórico da arquitetura política brasileira sob a ótica do movimento de mulheres negras, evidenciando como as estruturas de poder e os processos institucionais moldaram a sociedade ao longo do tempo, além de apontar caminhos para a construção de práticas jornalísticas qualificadas.
De acordo com Adriane Primo, Coordenadora de Comunicação do Mulheres Negras Decidem, o guia será uma ferramenta importante para que os jornalistas se preparem mais adequadamente às mudanças do cenário político. “Cada vez mais mulheres negras estão ocupando os espaços de poder e decisão na política institucional, e isso requer uma virada semiótica dos profissionais de comunicação, em especial os jornalistas, porque é uma profissão que tonifica o processo de avanço social que está em curso”.
Já para Alane Reis, Coordenadora Executiva da Revista Afirmativa, conhecer a história da participação política das mulheres negras e o papel da mídia negra ao longo do tempo em relação à produção de narrativas sobre política fortalece a atuação de jornalistas comprometidos com a defesa da democracia. “O Guia trará uma perspectiva histórica e contemporânea sobre como a comunicação, em especial o jornalismo, vem sendo uma importante estratégia de luta política. Além disso, pretende apoiar profissionais da comunicação a qualificar suas abordagens na cobertura de fatos e fenômenos sociais sobre mulheres negras na política institucional”.
A cartilha será lançada ainda este ano e conta com apoio do Instituto Ibirapitanga.
