Uma das beldades cariocas mais requisitadas para shows de samba, que tem no currículo inclusive apresentações no exterior, a mulata Janaína Azevedo acordou nesta quinta-feira, 18, com uma proposta indecente que recebeu através do WhatsApp. Após dois meses negociando com um homem, através do aplicativo, a participação em um evento na cidade de Macaé, cidade litorânea do Norte fluminense, localizada a 180km da capital, a passista foi surpreendida com o questionamento sobre o valor que cobraria para passar a noite com o sujeito, que havia se apresentado como organizador do evento.
Do Sambarazzo
Janaína não perdeu tempo e publicou em seu perfil do Facebook a troca de mensagens pelo “zap”, ressaltando que não é a primeira vez que passa por situação desse tipo:
Em seguida, na mesma postagem, a passista-show publicou alguns “prints” das mensagens que trocou com o “possível contratante”, incluindo o momento em que ele pergunta quanto ela cobraria para fazer um programa:
“Acontece com quem se apresenta em qualquer tipo de dança”, afirma Janaína
Janaína, que é profissional de dança há 20 anos, com registro no Ministério do Trabalho, morou 10 anos na Itália e diz que no exterior esse tipo de proposta também acontece com frequência.
– A diferença é que o estrangeiro é mais sutil, mais educado na abordagem, mas, infelizmente, eles também confundem as coisas. Antigamente, eu ficava furiosa, xingava, batia boca. Coisas desse tipo estragavam meu dia. Hoje, com a experiência de vida, já não perco meu tempo. E esse tipo de proposta não é só quem trabalha com samba que recebe. Acontece com quem se apresenta em qualquer tipo de dança – revela Janaína, que está com a agenda repleta de shows desde os dias que antecederam a Rio 2016 e que se apresentou em um vento que teve a presença do corredor mais famoso da atualidade Usain Bolt, medalhista olímpico em Londres e na olimpíada carioca.
No ano passado, um grupo de passistas entrevistadas pelo Sambarazzo denunciou casos de assédio sexual e propostas como a que Janaína expôs através da rede social. As profissionais, que também possuem um currículo marcado por shows ao redor do mundo, relataram situações constrangedoras que viveram dentro e fora do Brasil.