Pesquisa do Mestrado em Antropologia ganha destaque internacional

A pesquisa intitulada “Roupas de Santo: marcadores identitários das religiões afro-brasileiras”, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGANT), recebe nesta quarta-feira (21), um grupo de jornalistas internacionais especializados em ciência, representantes de diversas revistas, dentre elas, a National Geographic.

Do UFPI

Em quase meio século, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) reúne estudos que contribuem para o crescimento do Piauí e do Brasil. Com o desenvolvimento, as pesquisas feitas na Instituição ganham destaque no meio acadêmico, prestígio social e ajudam a desvendar questões pouco abordadas e às vezes controversas da nossa sociedade.

Profa. Me. L’Hosana Ceres de Miranda Tavares (Reprodução/ UFPI)

Podemos citar a pesquisa desenvolvida pela Profa. Me. L’Hosana Ceres de Miranda Tavares, no Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGANT), em âmbito de Mestrado, como um dos exemplos de abordagem metodológica que alcançaram reconhecimento público. A pesquisadora estudou as vestes rituais das religiões afro-brasileiras, com o olhar voltado para a intolerância religiosa e o racismo, enquanto práticas recorrentes na sociedade brasileira, muitas vezes explicitadas a partir do uso de determinada indumentária.

Arquivo: Exposição Xirè dos Orixás na Boblioteca Central, em agosto de 2016

Para dar suporte a sua pesquisa, L’Hosana Tavares criou a exposição ‘Xirè dos Orixás’ quando ainda era aluna do programa de mestrado e contou com o apoio do Instituto Federal do Piauí (IFPI), onde é professora. Em quase dois anos da primeira exibição pública, a exposição que possui vinte bonecos paramentados das vestes de rituais afro-brasileiros chamou a atenção internacional.

Isso porque uma comitiva contendo 13 jornalistas, especializados em retratar a ciência, veio da europa a convite da associação paulista ProBrasil, em parceria com o Instituto Ecológico Caatinga (IEC) de São Raimundo Nonato, para conhecer projetos científicos interdisciplinares em andamento no Piauí. Alguns desses repórteres são colaboradores de revistas importantes como Terra Mater, Scientific American, Universum Magazine e National Geographic.

O grupo pretende percorrer 1000 km de território piauiense, passando por Teresina nesta quarta-feira (21). A data coincide com a semana do Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos (25/03), decretado pela Organização das Nações Unidas (ONU), motivo pelo qual farão a visita a um dos terreiros onde a Profa. Me. L’Hosana Tavares desenvolveu a pesquisa, a tenda Il É Oyà Tade.

“Acho que é muito importante para o programa ter trabalhos que primam por um problema tão sério: a intolerância religiosa, as questões de racismo, essas interseccionalidades são muito sérias no nosso país”, pondera a Profa. Me. L’Hosana Tavares. Ela comenta ainda, que a vinda do grupo de jornalistas ao Piauí “prestigia o trabalho feito no mestrado e dá condições da exposição ter mais visibilidade, uma visibilidade fora do país”, conclui.

O convite:

Os jornalistas irão acompanhar as atividades do terreiro onde foi desenvolvida a pesquisa e também visitarão a exposição que estará aberta ao público. Confira:

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