PF volta a rejeitar “black power” em foto de passaporte

Após mais um caso de pessoa com cabelo “black power” enfrentando dificuldade para tirar passaporte, a jornalista baiana Lília de Souza, que enfrentou o mesmo problema em Salvador, divulgou, na madrugada deste sábado, 9, a foto do seu documento com o cabelo preso para se adequar ao sistema da Polícia Federal.

Lília denunciou o constrangimento no Facebook depois que não conseguiu renovar o passaporte com o seu visual “black power”.

Ela contou que foi informada por policiais federais que o sistema de emissão de passaporte não aceitava o seu “tipo” de cabelo. Após várias tentativas frustadas, Lília precisou prender o cabelo com borrachas de dinheiro para conseguir tirar o documento.

A história foi noticiada por A TARDE e ganhou repercussão nacional. Logo depois, a Polícia Federal argumentou que utiliza um padrão da Organização da Aviação Civil Internacional para emitir o documento. O órgão alegou também que a foto precisa ser refeita em diversas situações, como cabelo na frente dos olhos, volumosos, olhos fechados, presença de adornos e ombros ou orelhas que não estajam visíveis.

Um mês após a denúncia da baiana, a atriz e promoter Mônica Assis, conhecida como Nêga, enfrentou o mesmo problema. Ela, que também tem cabelo “black power”, repetiu a foto três vezes para tentar tirar o documento no posto da PF do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. Para se adequar ao sistema da PF, Nêga também foi obrigada a prender o cabelo.

 

Fonte: Portal A Tarde

+ sobre o tema

Relatório da Anistia Internacional mostra violência policial no mundo

Violência policial, dificuldade da população em acessar direitos básicos,...

Aos 45 anos, ‘Cadernos Negros’ ainda é leitura obrigatória em meio à luta literária

Acabo de ler "Cadernos Negros: Poemas Afro-Brasileiros", volume 45,...

CCJ do Senado aprova projeto que amplia cotas raciais para concursos

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado...

Polícia que mata muito demonstra incompetência de governos de SP, RJ e BA

Ninguém em sã consciência espera que um policial lance...

para lembrar

Aos 45 anos, ‘Cadernos Negros’ ainda é leitura obrigatória em meio à luta literária

Acabo de ler "Cadernos Negros: Poemas Afro-Brasileiros", volume 45,...

Sônia Nascimento – Vice Presidenta

[email protected] Sônia Nascimento é advogada, fundadora, de Geledés- Instituto da...

Suelaine Carneiro – Coordenadora de Educação e Pesquisa

Suelaine Carneiro [email protected] A área de Educação e Pesquisa de Geledés...

Sueli Carneiro – Coordenadora de Difusão e Gestão da Memória Institucional

Sueli Carneiro - Coordenação Executiva [email protected] Filósofa, doutora em Educação pela Universidade...
spot_imgspot_img

Relatório da Anistia Internacional mostra violência policial no mundo

Violência policial, dificuldade da população em acessar direitos básicos, demora na demarcação de terras indígenas e na titulação de territórios quilombolas são alguns dos...

Aos 45 anos, ‘Cadernos Negros’ ainda é leitura obrigatória em meio à luta literária

Acabo de ler "Cadernos Negros: Poemas Afro-Brasileiros", volume 45, edição do coletivo Quilombhoje Literatura, publicação organizada com afinco pelos escritores Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa. O número 45...

CCJ do Senado aprova projeto que amplia cotas raciais para concursos

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (24), por 16 votos a 10, o projeto de lei (PL) que prorroga por dez...
-+=