Policial suspeito de matar por racismo se entrega e fica livre

 

O crime aconteceu na avenida Kennedy em um bar na última terça(02). O policial civil se entregou dentro do flagrante.

O principal suspeito de matar o funcionário da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o vigilante Cícero Sousa Santos, 66 anos, o policial civil Raimundo Braga se entregou às 11 horas de ontem (03) na Central de Flagrantes. O assassinato ocorreu a tiros em um bar próximo ao Zoobotânico, zona Leste de Teresina (PI), às 18 horas da última quarta(02). Antes de morrer, a vítima teria discutido com o assassino por ser chamado de “negro”.

O policial estava acompanhado de um advogado e também entregou a arma do crime, um revólver calibre 38, da Polícia Civil. Ele deu as declarações ao delegado de plantão na Central de Flagrantes e depois foi embora. 

Ele se apresentou 17 horas após o crime ter sido cometido. De acordo com o delegado Willon Gomes, titular do 11º Distrito Policial (bairro Piçarreira), ele não ficou preso porque não foi preso em flagrante. 

“O policial já tinha sido identificado como autor dos disparos. Mas, só se caracteriza flagrante quando a polícia prende ou está em perseguição. Como ele se apresentou com o advogado, ele foi interrogado por lá mesmo”, afirmou o delegado. 

Hoje o delegado Willon está ouvindo o dono do bar, na avenida Presidente Kennedy, no Parque Universitário, onde o homicídio ocorreu e mais duas testemunhas. “Estou me antecipando, já que a Delegacia de Homicídios é que começou os trabalhos, mas como a autoria é conhecida o inquérito será feito por aqui”, destacou o titular do 11º DP. 

No depoimento, o dono do Bar do Maru, Mariano da Costa, disse que era a terceira vez que o policial ia ao seu bar e que a vítima era freguês frequente, mas que não ouviu nenhuma discussão anterior aos tiros, pois estava atendendo no balcão. Ele informou que ouviu apenas os quatro disparos.

 

Fonte: Portal GTerra

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