Índios mapuche, da região chilena de Araucania, continuam a ser alvo de atos de racismo e repressão por parte das forças militares. Soldados estão a usar armas de fogo contra a população e a fazer detenções, até de menores
A população mapuche, que habita na região de Araucania, a 680 quilómetros de Santiago, no Chile, continua a sofrer atos de racismo e repressão, depois de ter sido obrigada a abandonar as suas terras de origem, informou esta quarta-feira a agência Fides. A violência tem vindo a aumentar e, nas últimas semanas, registaram-se várias detenções e muitos feridos, entre eles algumas crianças.
Segundo testemunhos recolhidos pela agência noticiosa, recentemente, as forças militares atiraram com armas de fogo e granadas de gás lacrimogénio sobre a comunidade mapuche de Temucuicui. Nos confrontos foram detidas 12 pessoas, três das quais menores, que denunciaram ter sido vítimas de todo tipo de violência física e de abusos sexuais por parte dos soldados.
De acordo com a Fundação Anide, entre 2001 e 2011, várias crianças mapuche entre os nove meses e 16 anos, foram alvo de projéteis, sufocamento com gás lacrimogênio, perseguições, agressões e torturas, entre outros maus-tratos humilhantes por parte dos militares. A violência contra os menores está a tornar-se habitual, já que a cada confronto pelo menos três ou quatro ficam feridos, apesar de o Chile ter assinado vários tratados internacionais para a tutela dos Direitos Humanos e da infância.
Fonte: Fátima Missionária