Premiação mobiliza 33 parceiros de destaque na área socioambiental

Enviado por / FonteDa Folha de S. Paulo

Artigo produzido por Redação de Geledés

O Empreendedor Social do Ano em Resposta à Covid-19 é fruto da articulação de atores relevantes no ecossistema de impacto e inovação social no Brasil.

O prêmio especial de 2020, realizado pela Folha e pela Fundação Schwab, uma das comunidades do Fórum Econômico Mundial, conta com 33 apoiadores, entre patrocinadores e sete parceiros estratégicos, 21 parceiros institucionais e de divulgação.​

Para lançar o concurso em um cenário tão desafiador, as premissas da edição especial foram traçadas após reunião de um conselho consultivo formado por 15 representantes da sociedade civil, do setor privado e do terceiro setor, responsável também pela formatação do prêmio em três categorias (Ajuda Humatária, Mitigação da Covid-19 e Legado Pós-Pandemia).

Um dos patrocinadores da edição é a Ambev, que por meio de seu programa de voluntariado já colocou em prática diversas ações de combate aos efeitos da pandemia.

“Fazer parte dessa edição especial do Prêmio Empreendedor Social com foco nas iniciativas em resposta à Covid-19 é muito gratificante para nós”, afirma Carlos Pignatari, gerente de Impacto Social da Ambev.

“Durante a pandemia, vimos uma onda de solidariedade e empatia que acreditamos que veio para ficar. Na Ambev, nos solidarizamos com o momento e juntos desenvolvemos diversas ações para ajudar a quem mais precisa.”

Pignatari conta que, por meio do Voa, programa voluntário de mentoria em gestão, a Ambev liberou para ONGs de todo o Brasil o acesso a sua plataforma de conteúdos, visando ajudá-las a vencer os desafios diários impostos pela crise.

Além disso, a empresa também doou 1,4 milhão de litros de água de sua marca Ama para organizações que participam do Voa.

“Enxergamos que ainda precisamos, mais do que nunca, de união e empatia de todos, sejam pessoas físicas ou jurídicas, e, por meio dessa união, sairemos mais fortes desta crise”, completa o representante da Ambev no conselho consultivo do prêmio especial.

Parceiro histórico da premiação, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) participa desta edição especial com dois representante do Sistema S, o Sesi (Serviço Social da Inústria) e o Senai ( Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) como apoiadores.

“Na pandemia da Covid-19, o adversário é invisível e poderoso. Ataca em nível global, com danos devastadores na saúde das pessoas e no modo como elas vivem e se relacionam”, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da CNI. “Outro efeito colateral grave é a paralisação das atividades econômicas, que colocou em risco a sobrevivência das empresas e dos empregos.”

O líder empresarial ressalta que a grande maioria das pessoas e das empresas se uniu para pensar, criar e mitigar os efeitos do novo coronavírus. “O empreendedorismo é uma arma poderosa para combater e minimizar os efeitos desta pandemia, tanto no campo sanitário quanto no campo econômico.”

Para que isso ocorra, diz Andrade, é imprescindível que haja mais investimentos em pesquisa, inovação e tecnologia, para que nosso país não fique a reboque de insumos, equipamentos e, mesmo, de vacinas, criados e produzidos em outros países.

Desde que a pandemia da Covid-19 atingiu o país, 2.007 ventiladores pulmonares foram consertados gratuitamente e devolvidos a instituições de saúde em 336 municípios de 24 estados e no Distrito Federal, graças a uma rede de mais de 700 voluntários coordenada pelo Senai.

Outro parceiro que já apoiava a premiação tradicional e permanece na edição especial é a Coca-Cola Brasil, que vem atuando no enfrentamento à Covid-19 por meio de uma série de iniciativas do Instituto Coca-Cola Brasil, braço de impacto socioambiental da empresa. Em junho, as ações da Coca-Cola durante a pandemia somavam R$ 45 milhões.

“Ao apoiar, mais uma vez, o Prêmio Empreendedor Social, o Sistema Coca-Cola Brasil se alia à Folha no reconhecimento e incentivo de estratégias inovadoras e colaborativas”, afirma Daniela Redondo, diretora-executiva do Instituto Coca-Cola Brasil.

“Vencer a pandemia e seus efeitos sociais e econômicos é uma responsabilidade compartilhada entre toda a sociedade.” completa.

Em parceria com o Sistema Coca-Cola Brasil, o Instituto Coca-Cola Brasil (ICCB) criou o Fundo Estamos Nessa Juntos com o intuito de combater o coronavírus em comunidades vulneráveis. Segundo o último balanço calculado pela instituição, a iniciativa já impactou mais de 6 milhões de pessoas —o dobro da expectativa inicial.

Nova apoiadora do Prêmio, a Vedacit também tem realizado ações de impacto socioambiental desde o início da pandemia.

Um exemplo de ação foi a reforma de residências de colaboradores e a distribuição de materiais para negócios de impacto em habitação para reformas voltadas às classes D e E. A empresa tomou a iniciativa tendo em vista o aumento do risco de contágio da Covid-19 e outros problemas respiratórios dentro de casas com mofo e umidade.

“O Prêmio coloca luz em quem de fato arregaçou as mangas e foi para o enfrentamento de toda a crise, que não é só econômica ou de saúde, é uma crise sistêmica”, aponta Luiz Fernando Guggenberger, líder de inovação e sustentabilidade da Vedacit.

“Acho que o concurso vai trazer foco para inúmeros líderes que a gente mal conhece, grandes figuras que estão escondidas no ecossistema e podemos aprender com elas tudo o que fizeram para fazer a diferença neste momento.”

A premiação passou a contar com novos parceiros nesta edição, entre eles a Rede Brasil do Pacto Global da ONU.

“A maior crise dos nossos tempos demanda criatividade, resiliência e solidariedade. Não fosse o espírito empreendedor do brasileiro nosso país estaria numa situação ainda pior”, afirma Carlo Pereira, secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, um dos sete parceiros estratégicos.

A premiação, que busca nesta edição iniciativas que tiveram atuação destacada para minimizar os efeitos da Covid-19 especialmente entre as populações mais vulneráveis, conta ainda com 13 parceiros institucionais e 8 de divulgação.

“A pandemia da Covid-19 evidenciou de maneira inequívoca as desigualdades raciais no Brasil. Mas revelou também a força, coragem e resiliência dos habitantes dos territórios vulnerabilizados pelo abandono social, que são protagonistas de ações exemplares de gestão de crise e redução de danos. “, diz Sueli Carneiro, filósofa, escritora e fundadora do Geledés, novo parceiro de divulgação. “Esse prêmio nos oferece a oportunidade de honrá-los.”

Uma novidade desta edição é as inscrições por meio da plataforma Prosas, que se soma aos parceiros estratégicos da premiação.

“Temos uma rede de empreendedores e organizações sociais espalhada por todo o país e muitos deles estão conduzindo iniciativas incríveis de combate à pandemia”, afirma Bruno Barroso, fundador do Prosas.

“Essa parceria com a Folha, além de uma honra, é uma forma de dar nossa contribuição para que essas histórias sejam identificadas e premiadas.”

Para Eliane Trindade, editora do Prêmio Empreendedor Social e coordenadora do comitê organizador da premiação especial, esse conjunto de apoiadores é a demonstração da força e da importância do empreendedorismo social em um Brasil com mais 4 milhões de casos confirmados da Covid-19 e 124 mil mortos.

“Agradecemos à resposta imediata de todos os parceiros para tornar viável a premiação em um ano de crise em que o papel dos empreendedores sociais se mostra tão relevante para minimizar os impactos da pandemia no país.”

Os cenários e as premissas do novo prêmio foram discutidas em um encontro virtual com a participação de sete representantes de parceiros históricos da premiação: Célia Cruz (ICE), Cindy Lessa (Ashoka), Francine Lemos (Sistema B), Gilberto Ribeiro (Vox Capital), Laís Figueiredo Lopes (SBSA Advogados), Marina Pimenta (FDC) e Maure Pessanha (Artemísia).

O grupo contou com a colaboração de Carlos Eduardo Pignatari (Ambev), Heloísa Binello (Coca-Cola) e Luis Fernando Guggenberger (Vedacit), representando o setor privado, e de Carola Matarazzo (Movimento Bem Maior), Carlo Pereira (Pacto Global) e Sueli Carneiro (Geledés), representantes da sociedade civil.

Em consonância com o momento, o prêmio passa a estimular a colaboração no lugar da competição. “Em vez de ter um vencedor e reconhecer o esforço individual, vamos premiar o coletivo, permitindo inscrições também de movimentos, coalizações e o trabalho em rede, arranjos que mostram sua força e importância na resposta imediata às diversas emergências de Norte a Sul do país”, explica a editora do Empreendedor Social.

O Empreendedor Social do Ano em Resposta à Covid-19 tem patrocínio de Ambev, Sesi/Senai e Coca-Cola. Conta com apoio da Vedacit e parceria estratégica de Ashoka, British Council, ESPM, Fundação Dom Cabral, Prosas, Pacto Global e UOL. A realização é da Folha em parceria com a Fundação Schwab. ​​

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