Presidente Dilma distribui ‘guia de sobrevivência’ para ministros

Nova cartilha foi criada com o objetivo de não deixar perguntas sobre o governo federal sem respostas

A reunião ministerial convocada pela presidente Dilma Rousseff nesta semana serviu para que o governo distribuísse para todos os ministros um documento com informações básicas sobre cada pasta. O objetivo do Planalto é acabar com entrevistas vazias de conteúdo e fornecer munição para que cada ministro não perca oportunidade de defender o governo, mesmo que o assunto não seja de sua pasta.

O documento já está sendo chamado de “guia básico de sobrevivência” por ministros e interlocutores do governo. Embora a distribuição do material ocorra em meio aos desdobramentos das manifestações que tomaram o país, interlocutores da presidente empenharam-se em difundir a tese de que o documento não foi produzido em decorrência dos protestos. As informações, afirmam, estavam sendo compiladas há um mês, em decorrência de um diagnóstico do próprio Planalto de que o governo estava se comunicando mal, ou seja, de forma insuficiente, tanto internamente, quanto externamente.

Na reunião, a presidente teria pedido aos ministros que estudassem o guia e que tivessem os dados na “ponta da língua”.

A reunião ministerial foi a terceira no governo da presidente Dilma Rousseff e, segundo interlocutores, houve diferença na condução. A palavra foi franqueada a todos que quisessem falar. Dos 39 ministros, 20 usaram a palavra, inclusive para indicar os problemas na execução dos programas. Dilma ouviu reclamações de que o governo não cumpriu seu papel de conversar com os movimentos sociais e que estaria na hora de uma mudança de posição.

Essa necessidade foi reconhecida pela própria presidente na entrevista coletiva que concedeu no intervalo da reunião. Dilma disse que o governo iria ampliar essa interlocução e que realizará até o próximo ano realizará as conferências som segmentos organizados na questão racial, de mulheres e de crianças e adolescentes.

A presidente também reconheceu a necessidade de melhorar a interlocução com os parlamentares. A mudança de postura do governo também se fez sentir no Congresso nesta terça-feira. Cinco ministros e o vice-presidente da República, Michel Temer, desembarcaram no Congresso para defender propostas do governo. Temer e o ministro da Agricultura, Antônio Andrade se reuniram com a bancada do PMDB.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, passou a tarde em conversas com senadores, no plenário do Senado, sobre a proposta que destina royalties de petróleo para a educação. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi pessoalmente entregar aos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros, a sugestão da presidente Dilma sobre o plebiscito.

A ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, também participou da reunião com Renan Calheiros e líderes partidários sobre o assunto. O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, também foi ao Senado conversar com Renan Calheiros sobre o impacto de algumas medidas sobre a Previdência Social.

 

Fonte: iG

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