A vereadora Benny Briolly (PSOL), primeira parlamentar trans eleita no município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, deixou o Brasil após receber ameaças de morte.
Segundo sua assessoria de imprensa, a decisão foi do partido de Benny e foi tomada para mantê-la segura e que as ameaças acontecem há cinco meses.
Uma das ameaças mais sérias, segundo o texto, foi um e-mail que continha o endereço da vereadora e exigindo que ela renunciasse ao cargo. Caso contrário, iriam até casa dela para matá-la. Benny também teria recebido comentários nas redes sociais desejando que “a metralhadora do Ronnie Lessa” a atingisse.
Neste primeiro momento, a política ficará afastada da atividade presencial na Câmara de Vereadores por cerca de 15 dias. O texto diz que Benny Briolly vai continuar acompanhando as sessões plenárias, que estão ocorrendo de forma virtual por conta da pandemia.
Ronnie Lessa é acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016 no Rio. Defensora de causas ligadas aos direitos humanos, suas principais frentes eram o amparo a jovens moradores de favelas e denúncias de violência policial em áreas de atuação das milícias cariocas.
A vereadora Benny Briolly defende negros, travestis, mulheres, LGBTQIA + e os direitos humanos.
A CNN procurou a Polícia Civil, mas ainda não obteve retorno.