Os cidadãos espanhóis realizaram o primeiro protesto com holograma na história, a fim de protestar sem violar as novas diretrizes draconianas da Lei de Segurança Nacional, as novas alterações ao Código Penal e na lei anti-terror. De acordo com a recentemente aprovada “Lei da Mordaça“, os cidadãos de Espanha não podem protestar contra o Congresso ou realizar reuniões em espaços públicos, mais eles tem que “pedir a permissão” das autoridades sempre que desejarem protestar publicamente. “Se você é uma pessoa, você não pode expressar-se livremente e só pode fazer isso aqui se você se tornar um holograma “, diz uma mulher no vídeo divulgado pelo movimento” Hologramas para la Libertad “.
No site do movimento os cidadãos foram convidados a participar, escrevendo uma mensagem de texto, deixando uma mensagem de voz gravada, ou convertendo-se em um holograma através da gravação de um vídeo via webcam. Sob a nova Lei de Segurança do Cidadão ou Ley Mordaza (Lei da Mordaça) como os defensores dos direitos humanos renomearam a tal “lei”, protestos públicos, as liberdades de expressão e de imprensa e documentar os abusos policiais se tornaram crimes puníveis com multas pesadas ou prisão.
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Os abusos policiais durante os protestos no Brasil chegam ao cenário internacional
Ocupar bancos como meio de protesto – multa de 600-30,000 €
Não formalizar um protesto – multa de 600-30,000 €
Para a realização de assembleias ou reuniões em espaços públicos – multa de 100 a 600 €
Para impedir ou parar um despejo – multa de 600-30,000 €
Para presença em um espaço ocupado (e não só os centros sociais, mas também casas ocupadas por famílias despejadas) – multa de 100 a 600 €
As listas negras da polícia para os manifestantes, ativistas e a imprensa alternativa têm sido legalizada.
Reunião em frente ao Congresso – multa de 600-30,000 €
A lei permite o controle de identidade aleatoriamente, permitindo a discriminação racial dos imigrantes e das minorias.
A polícia agora podem realizar ataques a seu critério, sem a necessidade da “ordem” ter sido ameaçada.
Vistorias corporais externas também estão agora autorizadas a critério da polícia.
O governo pode proibir qualquer protesto à vontade, se ele achar que a “ordem” será ameaçada.
Qualquer lugar definido como “infra-estrutura crítica” é agora considerado uma zona proibida para reuniões públicas, se isso pode afetar o seu funcionamento.
Também há multas para pessoas que escalarem edifícios e monumentos sem permissão. (Este tem sido um método comum de protesto de organizações como Greenpeace.) O que está acontecendo na “democrática” Espanha? Além dessa lei absurda que proíbe as pessoas de protestaram publicamente, o governo resolveu privatizar o sol proibindo os cidadãos de gerarem energia para autoconsumo. Quem instalar placas solares para geração de energia doméstica “sem a autorização do governo” espanhol poderá ser multado em até 30 milhões de euros (cerca de R$ 100 milhões), e isso aconteceu por pressão das empresas elétricas espanholas em conchavo com políticos, veja notícia aqui.