Professor da UFMT suspeito de filmar aluna em banheiro de campus é demitido

Caso foi denunciado em setembro do ano passado por uma estudante do campus de Rondonópolis. O professor negou a acusação e diz que vai recorrer da demissão.

Do G1 

Um professor do curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, foi demitido por supostamente filmar uma aluna em um dos banheiros da instituição. O caso foi denunciado em setembro do ano passado, quando uma aluna registrou um boletim de ocorrência contra Marcondes Alves Barbosa da Silva e denunciou o caso.

Ao G1, ele negou que tenha filmado a estudante e deve recorrer da demissão. Por meio de assessoria, a UFMT confirmou a demissão do professor.

À época, de acordo com a Polícia Civil, a estudante contou que foi em um dos banheiros da universidade e, quando estava numa das cabines individuais sem roupa, avistou um celular embaixo da porta.

Neste momento, ela empurrou a porta da cabine e saiu, porém não viu ninguém. A aluna decidiu esperar do lado de fora até que a pessoa saísse.

Ainda segundo o depoimento dela, pouco tempo depois, o professor saiu de dentro do banheiro feminino, usando o telefone. A estudante o confrontou e pediu que ele apagasse as imagens.

O professor teria admitido que estava filmando a estudante e alegou que tinha problemas, mas que apagaria as imagens do celular.

Ao G1, Marcondes afirmou que não há provas contra ele e que deve recorrer da demissão para voltar a lecionar na instituição. “Esta demissão é uma injustiça porque eu não filme ninguém”, declarou.

Quando o caso foi denunciado, as universitárias fizeram um protesto contra o professor. Elas se pintaram de vermelho e usaram faixas na boca para protestar contra o desrespeito às mulheres. Elas se mantiveram em silêncio durante a comemoração dos 40 anos da instituição naquele município. Na boca, faixas com a frase “o silêncio aterroriza” simbolizavam os casos de violência que não são denunciados.

+ sobre o tema

Conto de fadas quebra tradição e retrata romance entre dois príncipes

Livro foi escrito por um professor americano. Na história,...

As novas vozes do feminismo negro

Conectadas pelas redes sociais, negras brasileiras compartilham seu ativismo,...

Uma negra na academia

Dia 30 de agosto de 2018, será um dia...

LGBTQIA+ reivindicam direitos básicos para existir de forma plena

“Você conhece alguma coisa humana não nomeada?”. Quem lança...

para lembrar

Quem algemou Valéria Santos?

Uma negra acorrentada num fórum no Brasil, hoje, sendo...

O brasileiro comum e o bumbum do Hulk!

O mundo masculino em suas versões machista e masculinista...

Grafite valoriza a mulher brasileira

“Meu objetivo enquanto mulher grafiteira é contrapor a publicidade...

Mulheres usam redação do Enem para denunciar violência

Segundo Mercadante, o ministério já acionou o Ministério Público...
spot_imgspot_img

Pena para feminicídio vai aumentar para até 40 anos

O Congresso aprovou um projeto de lei que aumenta para 40 anos a pena máxima para o crime de feminicídio, que estará definido em um...

Saúde lança programa para reduzir mortalidade materna de mulheres pretas em 50% até 2027

O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (12) uma nova versão do projeto Rede Cegonha, criado em 2011 e descontinuado em 2022, voltado para o cuidado...

Unifesp aprova cotas para pessoas trans e travestis

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) aprovou cotas para pessoas trans e travestis na graduação e pós-graduação.De acordo com a resolução votada pelo conselho da instituição...
-+=