Professor de informática acusado de abusar sexualmente de alunos é preso em SP

Denúncia foi feita por vítima que sofreu abusos por nove anos, no Bom Retiro; menina de 12 anos vivenciava a mesma situação atualmente, segundo investigação da Polícia Civil

Do Ultimo Segundo

Um professor de informática foi preso na tarde desta sexta-feira (17) no bairro do Bom Retiro, na região central de São Paulo, acusado de abusar sexualmente de crianças e adolescentes que frequentavam suas aulas.

O suspeito, identificado como Fernando C., de 67 anos, foi denunciado por uma ex-aluna que teria sido violentada a partir de 2003, quando tinha dez anos de idade. Os abusos, que incluíam sexo oral, carícias e beijos pelo corpo – conforme relatado no boletim de ocorrência –, teriam persistido até a vítima completar 19 anos de idade e deixar de frequentar a casa de Fernando.

De acordo com a delegada Giovanna Valenti Clemente, titular da Delegacia de Defesa da Mulher, que investiga o caso, as denúncias foram corroboradas por dois homens que também foram vítimas de Fernando C. quando eram crianças.

Segundo as investigações, o suspeito atualmente repetia os mesmos abusos com uma menina de 12 anos que frequentava suas aulas.

“Ele oferecia aulas de computação e tinha karaokê, balas, refrigerante… Coisas que as crianças não tinham nas casas delas”, conta a delegada Giovanna. “Ele ia ganhando a confiança das crianças. Demorou uns dois anos para iniciar os abusos que foram relatados.”

No boletim de ocorrência, é informado ainda que o professor de informática tinha “o costume de fotografar” as crianças e adolescentes que frequentavam sua casa.

A ex-aluna que levou o caso à Delegacia da Mulher na semana passada contou à polícia que começou a pensar em denunciar Fernando C. após assistir a uma aula na faculdade sobre Violência contra a Mulher. A decisão da denunciante foi consolidada quando ela soube que sua vizinha, a menina de 12 anos que ainda frequentava a casa do suspeito, estava sendo molestada.

O suspeito foi preso preventivamente por 30 dias e vai responder por estupro de vulnerável. Ele nega os abusos denunciados pelos seus ex-alunos.

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